sábado, 25 de junho de 2011

VENCENDO EM ADORAÇÃO


VENCENDO EM ADORAÇÃO AO SENHOR


Texto de abertura:

I João 2:14 - Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.

Este é um verso significativo para uma categoria de pessoas: Os Jovens!

Percebemos que existem três pontos importantes para a vida, para a identidade e caminhada do jovem no Senhor, que são:

1º A força que ele possui;
2º A palavra que está nele;
3º A vitória que ele tem sobre o maligno;



Conhecedor das lutas que, como homens e mulheres, como jovens, enfrentamos diariamente,  em sua sabedoria, em seu amor e cuidado Deus deixa algo especialmente escrito para o jovem, uma afirmação poderosa, uma certeza motivadora, e principalmente, uma esperança!

Nossa realidade como cristão hoje é semelhante ao povo de Israel no AT. Caminhamos para  conquistar tudo quanto Deus tem para nós, e como eles, encontramos resistência, perseguição, mares para serem abertos, desertos e dias maus.

Todos nós enfrentamos dificuldades, porém,  sabemos que em Cristo, Deus mesmo nos fez muito mais que vencedores!

Por que razão então, se somos mais que vencedores em Jesus, Deus teria enfatizado que os jovens são fortes e já venceram o maligno?
Creio que o Senhor conhecia a necessidade do jovem, sendo a juventude o período mais delicado da vida humana, de algo que pudesse lhe dar esperança!

Deus provavelmente quis enfatizar a força e vitória do jovem por saber que justamente nessa etapa da vida é que ele lida com as maiores investidas de satanás em desviá-lo do propósito do Senhor.


Embora a juventude seja uma fase da vida em que temos força, tempo, disposição, habilidades e oportunidades diversas, e que a própria bíblia diz que temos força e somos vitoriosos, não é raro encontrarmos jovens caídos, desanimados, enfraquecidos, enfim, vivendo o oposto daquilo que a palavra diz!

E por qual motivo? Porque a juventude nos faz pensar que nos resta ainda muito tempo, temos dificuldade de ouvir e pensamos estar sempre certos, que e o nosso jeito e a nossa maneira é sempre a melhor opção! ( Quando somos jovens desejamos mudar o mundo, mas temos muita resistência em mudar a nós mesmos! ).


Como então viver de fato na força, na vitória que Deus tem para nós, jovens?
A melhor forma para vencer é se render a Deus, vencendo em adoração ao Senhor!

Adorar a Deus nos leva a conquistar tudo quanto Ele tem reservado para nós!

Mas o que entendemos por “adoração”?
Adoração no AT, no hebraico, no original da palavra, significa serviço! Sendo assim, entre tantas definições de como adoramos ao Senhor, podemos adorá-LO, servindo!

Deuteronômio é um dos livros que diz muito sobre a caminhada do povo de Deus rumo a conquista da terra prometida!

No capitulo 12, verso 13, encontramos algo bem interessante sobre adoração, sobre oferta e sacrifício ao Senhor, vejamos:
Tenham o cuidado de não sacrificar os seus holocaustos em qualquer lugar que lhes agrade”.

Este capítulo fala sobre adoração, sobre oferecer sacrifício de maneira agradável a Deus! Diante da perspectiva do AT, entendemos que o verso nos orienta a ter o cuidado de não oferecer sacrifício, servir o Senhor somente de maneira que nos seja agradável!

Se adoração significa serviço, logo, aquele que serve torna-se um servo, e servo significa ser escravo. Sabemos que um escravo vive para cumprir e fazer aquilo que agrada o seu senhor.

Sendo assim, adoração significa estar disposto a servir ao Senhor da maneira que Ele desejar, no lugar  que Ele mesmo determinar para ser adorado!


O povo caminhava  para a uma grande conquista e precisavam aprender algumas coisas antes!
 No verso 8, Moisés diz que eles faziam somente aquilo que parecia bom aos seus próprios olhos, e quando chegassem na terra, não poderiam mais agir dessa forma!


Todos que estamos em Cristo sabemos que fomos criados para um propósito, chamados para servir ao Senhor de alguma ou diversas maneiras. Porém, estamos preparados para servir a Deus, adorá-LO de um modo que não seja agradável para nós? Ou adoramos a Deus, servimos apenas quando se trata de algo favorável, confortável e agradável para nós?


Como seremos humanos sabemos que nossa natureza carnal está sempre lutando contra o que é santo, puro e agradável ao Senhor. Como jovens, estamos sempre buscando fazer aquilo que acreditamos estar certo, aquilo que temos vontade e gostamos. Mas se desejamos viver a vitória que nos foi outorgada na palavra, na cruz do calvário, precisamos aprender a renunciar nossas vontades e fazer não somente aquilo que nos agrada, mas o que seja aceitável e agradável a Deus! 

Em Efésios 2:10 está escrito: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

A palavra de Deus diz que Ele mesmo preparou boas obras para que pudéssemos realizá-las. Mas na maioria das vezes, aquilo que é bom para Deus não parece bom aos nossos olhos.

Precisamos de coragem e disposição para buscar as boas obras que o Senhor preparou para nós.

Nem sempre aquilo que agrada ao Senhor nos agrada. Mas precisamos escolher servir em todas as coisas, por aquilo que é, ou não, agradável para nós!


Muitas vezes sonhamos com grandes propósitos, mas não temos disposição de pagar o preço.

Nosso maior exemplo de vida, Jesus, foi enviado com a missão de salvar a humanidade, veio como salvador, mas em maior parte de sua vida, viveu no anonimato, viveu naturalmente até o tempo de consumar  seu propósito!

Jesus fez uma declaração maravilhosa em João 17:4, onde Ele diz assim:

Eu te glorifiquei na terra completando a obra que me deste para fazer!

Essa afirmação de Jesus não  aconteceu depois, e sim, antes de sua crucificação. Isso nos permite entender que Jesus glorificou a Deus não apenas morrendo em nosso lugar, mas em cada detalhe de sua vida na terra.

Como homem, em sua profissão, em seu lar, com seus amigos, com os discípulos, e até com seus inimigos, Jesus viveu e fez tudo quanto tinha que ser feito glorificando ao Senhor em toda sua vida.

A vontade de Deus para Jesus não era algo agradável para Ele, mas era a obra para qual Ele foi enviado, e sendo assim, precisou cumpri-la. Ele enfrentou momentos em que teve que escolher entre a sua vontade e a vontade do Pai, mas decidiu e escolheu adorar ao Senhor deixando que a vontade do Pai fosse feita na terra, nos permitindo ser reconciliados com Deus!

As vezes, a maneira pela qual Deus deseja que sirvamos a Ele, seja aparentemente anônima e insignificante, as vezes significa a morte, renúncia, mas ainda assim, precisamos executar a sua vontade!

Precisamos buscar em Deus toda capacitação que necessitamos tanto para as grandes, como para as pequenas obras que o Senhor ja tem preparada para nós!


2 Co 3: 5 – Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus.
Não apenas por sermos jovens, mas por termos nossa natureza carnal, não podemos escolher pela vontade de Deus, por adorá-LO como Ele deseja por nossa vontade, antes, Ele mesmo é quem nos confere capacidade para isso.

Essa capacidade que temos em Deus é fruto de uma adoração de passar tempo, ter intimidade com Deus, ter tempo de oração e adquirir conhecimento da palavra!

Quando nos rendemos em adoração, em oração e buscamos a vida que procede da palavra, podemos escolher servir ao Senhor, adorá-LO e então caminharmos na vitória, na força que a bíblia diz que temos!


Dessa forma, podemos ter a alegria de fazer das palavras de Jesus nossas próprias palavras:

“Pai, eu te glorifiquei, te adorei na terra Senhor, completando cada obra que me deste para fazer”.

E assim, como jovens, podemos viver vencendo o maligno em adoração, ou seja, servindo ao Pai de uma forma que seja agradável a Ele! 


Vencendo o maligno em adoração ao Senhor, Juliana!

domingo, 5 de junho de 2011

E por falar em Feridas...

Não importa o quanto algo nos machuca, as vezes se livrar de tal coisa dói ainda mais...


Ao ler frases como esta podemos imaginar quão presos podemos estar ao que mais nos fere.Se algo nos machuca devíamos ter a facilidade de nos desprender, mas raramente acontece assim...

Além de caminhar com aquilo que faz a ferida ainda lidamos com a fragilidade  de não conseguirmos dizer adeus.

Que tipo de força nos impulsiona a permanecer acorrentados ao que rouba a vida lentamente dos nossos corpos, alma e espírito? Qual a chave que recusamos usar para abrir as portas que nos conduzem a liberdade ?

Penso que a unica força capaz de impedir que deixemos aquilo ou a pessoa que nos fere 
é também a que nos falta e nos aprisiona nesta condição, chama-se: Amor!
Permanecemos por amor nas circunstâncias mais deploráveis e ao lado das pessoas mais cruéis, por amor! Ainda que morramos um pouco mais a cada dia, permanecemos por amor!

A dor de estar longo daquilo que que nos fere é maior do que as feridas que nos tem sido feitas pelas atitudes de quem amamos, maior do que todo caos que os derredores e lugares onde estamos possam causar.

Com o tempo você se acostuma tanto com a dor que não sabe mais como viver sem ela,
então, descobre que livrar-se da dor implica em conhecer uma outra, e que tudo que é novo traz consigo uma mistura de sentimentos, realidades boas e ruins, sendo assim, tudo em você constantemente escolhe por não abandonar ou  partir para longe do que te machuca, afinal, as feridas já são familiares! 

Então seguimos a vida assim, com as feridas abertas e o coração sangrando...

Mas um dia, por uma bondade que não conhecíamos de fato, somos levados a um lugar onde descobrimos o que realmente é amor, ao lugar onde as circunstâncias não fazem diferença alguma, lugar onde houve escuridão, morte, terror, injustiças, escárnio e muitas feridas, mas que por amor, não o mesmo amor que nos faz prisioneiros porque não queremos renunciar o que nos fere, permaneceu ali sendo ferido para poder sarar.

Um amor que escolheu morrer para que pudesse alcançar seu alvo: Curar um coração ferido, salvá-lo da perdição eterna!

Este amor revelado neste lugar nos abrem o caminho para a liberdade! Não apenas do que nos machuca, das correntes que nos prendem, mas somos libertos da falsa ideia do amor!

Um lugar chamado cruz, um amor revelado pelo próprio Deus, através de Jesus...

Na cruz você contempla a escolha do filho de Deus em se ferir, em morrer em seu lugar. Neste lugar você pode sentir este amor te libertando de tudo que um dia parecia amor, de tudo que por tantos incontáveis anos te feriu, e se não fora por este acontecimento da cruz, teria te matado! Então você faz mais uma descoberta: Precisa escolher entre o que te machuca e Aquele que foi machucado, que sofreu, morreu por você!

Descobre que há uma escolha diária que fará toda diferença em seus dias: A Cruz ou as correntes de pessoas, riquezas, status, fama que nunca poderão preencher o vazio do seu coração! Todos os dias o olhar para a cruz nos lembra que há uma morte, uma entrega e uma escolha...

Uma morte que Jesus não pôde morrer, a morte de nossa vontade!
Uma entrega que Ele não poderá fazer, a do nosso coração...
E uma escolha de qual amor deixaremos conduzir nossas vidas!

Seguiremos o caminho que nos foi aberto e deixaremos que este amor onde não há medo guarde nosso coração, ou permaneceremos feridos amando e esperando pelo amor que nunca nos acrescentou alegria sem tristezas?

Por que este amor, o perfeito amor revelado na cruz lança fora todo medo?
Porque ele mesmo levou sobre si todas as feridas e dores que poderiam nos atingir um dia...
Será que podemos aceitar a dor de deixar o que nos machuca por Aquele que aceitou ser ferido em nosso lugar? Temos de fato desfrutado e deixado este amor nos fazer livres do medo, das correntes da decepção, da desesperança?

Este é o dia, o momento...
Há uma morte, uma entrega e uma escolha!
Qual será a nossa decisão?




(Juliana Sanches Grichi)