domingo, 28 de março de 2010

Tesouros...


Todos temos o costume de empregar o termo tesouro para o que nos é especial, precioso. Mas será que conhecemos o real sentido da palavra? O dicionário define tesouro como um conjunto de riquezas de qualquer tipo, usualmente dinheiro, jóias, pedras preciosas, algum bem valioso, guardado ou escondido.
Nós costumamos guardar coisas. Fotos favoritas, lembranças, objetos, artigos interessantes... todos nós guardamos alguma coisa. A verdade é que sempre queremos ter algo que possa nos levar de volta, de alguma maneira , ao que nos foi motivo de grande alegria, buscamos riquezas, e quando conseguimos possuí-las, queremos guardá-las de modo que não se perca mais de nossas mãos.

A Bíblia nos fala algo interessante sobre tesouros. Vejamos:

 Mateus 6: 19-21...”Não acumulem para vocês tesouros na terra. Mas acumulem para vocês tesouros no céus, onde a traça e a ferrugem não destroem... Pois onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração”.

A palavra é bem clara, não acumulem tesouros na terra! Parece complexo o sentido dos versos acima, quando vivemos na terra. Como não acumular riquezas terrenas  se somos humanos e habitamos na terra?

Creio que o problema não está em acumular riquezas, mas em deixar que nosso coração se apegue nelas. Todos temos nossas riquezas acumuladas. Guardamos um conjunto de sonhos, lembranças de momentos e pessoas especiais, objetos, bens materiais.  O problema está quando este conjunto de riquezas, nossos tesouros, tornam-se tão importantes, ao ponto de nosso coração doer com a possibilidade de perdê-los. Deus começou a ministrar algo sobre tesouros através de uma situação muito simples, mas que me deixou refletindo sobre à quantas coisas tenho atribuido um valor maior do que deveria.

Tenho morado a pouco mais de um ano distante de minha cidade natal, mais de mil quilometros dos meus familiares. Tudo que vem da minha familia, todos os momentos e objetos, fotos, lembranças ganham muito mais sentido quando se vive longe dos nossos amados. No final ano tive a oportunidade de visitá-los, foram momentos maravilhosos. Trouxe muitas lembranças, momentos que ficaram guardados, mas trouxe tambem objetos, presentes, que de certa forma, me fazem sentir mais perto de cada um. Uma das coisas que ganhei de minha mãe, entre tantas, foi um pote de doce de leite com nozes, um doce que aprecio muito. Aquele doce representava não só uma delicia, mas algo com um significado maior, pois havia ganhado de minha mãe, por isso, não era um doce apenas.

Passado alguns dias, um mês, não me recordo muito bem, o doce foi atacado por fungos. Minha decepção foi tamanha, pois era o doce da mamãe! Depois de uns dias recebi a noticia de que ela viria me visitar, e quando veio, trouxe outro pote de doce. Fiquei muito feliz. Porém, mais uma vez os fungos me venceram, atacaram meu docinho...

Naquele momento Deus me fez lembrar dos versos acima. Não importa o quanto algo seja valioso para nós aqui, tudo o que é terreno, um dia vai perecer. Todo tesouro acumulado na terra, cedo ou tarde, será consumido pela traça, pela ferrugem.

Não havia problema com o doce! O problema estava em que eu passei a considerar aquilo, que procedia de alguém tão importante, algo valioso demais. Era o meu doce!

Uma coisa tão natural, mas que trouxe uma reflexão. Que mais tem ganhado tanta importancia? Quantos doces de nozes tenho acumulado em minha caminhada?

Sabe amados, muito mais que bens, riquezas, e uma variedade de coisas que podemos definir como tesouros, muitos tem acumulado entulhos, tantos medos, ressentimentos, amarguras, desesperanças, sonhos que morreram, tudo tem sido guardado e escondido.
Podemos acumular os teouros, quando são bons e valiosos, desde que saibamos que um dia tudo passará se sua natureza for terrena, e que somente nossos tesouros eternos permanecerão. Mas o maior fardo na vida de alguém é levar guardado, escondido, marcas negativas de situações, desapontamentos, feridas, entre tantas coisas maléficas.

Você pode perguntar, por que alguém iria guardar coisas ruins? Como um conjunto de coisas desagradáveis poderia ser guardado por alguém como se fosse um tesouro? A resposta está no valor que é dado acima do que as coisas, as situações, realmente tem. Como alguém faz de suas feridas e decepções um tesouro?
 Acumulando a dor, as lembranças amargas, os ofensores. As vezes acumulamos, vamos colocando na ponta do lápis um à um dos nossos ofensores, uma à uma das ofensas, não deixamos que nada escape, estamos atentos, sempre identificando e guardando alí, em nosso conjunto de falhas, traiçoes, desconsiderações de que nos consideramos vitimas.
Não estamos de livres de fazer das dificuldades, das crises, das decepções e desilusões um tesouro.

Porém, a biblia nos ensina a acumular tesouros no céus. Um outro texto em João, diz que temos que dar frutos que sejam permanentes, ou seja, frutos que sejam eternos, frutos que fungos, ferrugem e traça não poderão destruir.

Deus não se importa que tenhamos tesouros, Ele quer apenas que não gastemos nosso tempo, nossas forças naquilo que não poderemos levar conosco para onde vamos, para o ceu.

Podemos ainda refletir, que tipo de tesouro então, eu devo acumular?
Cada oração, cada louvor que sai dos nossos lábios, fruto de um coraçao cheio de gratidão, cada serviço que prestamos ao Reino, cada gesto de amor, de compaixão, cada vez que estendemos a mão, que alimentamos o faminto, que choramos com os que choram e nos alegramos com os que se alegram,cada perdido que deixamos o Senhor conquistar atraves de nós, cada provação que suportamos, tudo isso resultará em Glória, como a própria biblia diz, tudo isso pode fazer parte deste conjunto, deste tesouro que não se desfaz, que não pode ser destruido.

Acima de tudo, nossos maiores tesouros são os momentos que passamos ainda aqui, na terra, junto ao Nosso Deus.

 Nosso bem maior foi depositado em nós, ainda que sejamos vasos de barro, somos a morada do Espirito Santo. Este é o maior tesouro de nossas vidas, ter O Consolador, o Amigo Fiel habitando em nós.

É para este Tesouro que habita em nós que devemos viver de maneira agradável, que devemos buscar aquilo que é do alto, para que nada em nós venha entristecê-lo. Toda nossa força, entendimento, devem estar focadas em nos fazer dia após dia, moradas mais agradáveis para Ele.
Buscando acumular tesouros nos céus...Juliana

sexta-feira, 19 de março de 2010

Nos voltando para as promessas


No deserto da crise precisamos nos voltar para as promessas da Palavra de Deus

Quando somos atingidos por uma crise e estamos no meio de um deserto, somos tomados pela ansiedade e perguntamos: O que será do meu futuro? Como conseguirei sobreviver quando todos estão fracassando? Como poderei superar o desânimo? O que será da minha família? Qual será o futuro dos meus filhos? Como poderei ser próspero vivendo num deserto? E se eu perder o emprego? Onde os meus filhos vão estudar? Se eu ficar doente? Se eu não puder pagar o plano de saúde?

A crise é uma realidade. Não adianta esconder a cabeça na areia como avestruz fazendo de conta que ela não existe.

Isaque também enfrentou uma crise. E não era uma crise pequena. A fome assolava a sua terra. Seu país vivia o drama do empobrecimento coletivo. A esperança do povo estava morta. Os sonhos, destruídos.

A experiência de Isaque abrirá para nós uma clareira no meio desta noite trevosa de crise. A crise foi um tempo de oportunidade na vida dele. Em vez de se desesperar, ele seguiu a direção de Deus e triunfou num tempo em que todos estavam fracassando. O grande perigo na encruzilhada da cri¬se é tomar a direção errada. Isaque queria ir para o Egito, lugar de fartura, riqueza e segurança. Ele foi tentado a buscar uma solução rápida, fácil e indolor. Isaque queria fugir da crise, não enfrentá-la. E mais fácil andar na estrada da fuga do que sobreviver no deserto. É mais fácil botar a mochila nas costas e ser um peregrino em terra estranha do que semear no deserto.
O Egito oferecia uma solução imediata, uma riqueza fácil, mas era um laço para Isaque. Deus exortou-o a recusar a imediata abundância do Egito por bênçãos invisíveis (Gn 26.3) e mais remotas (Gn 26.3,4).

É no fragor da crise que ouvimos a voz de Deus: "Não desça ao Egito".

O que fazer na hora em que você se vê encurralado pela crise?
Devemos ouvir a voz do Senhor!!! Muitas pessoas fracassam na vida exatamente porque na crise deixam de atender à voz de Deus e descem para o Egito, onde negociam seus valores absolutos, transigem com suas consciências e tapam os ouvidos para não atenderem à voz de Deus.

. O trono de Deus não enfrenta crise. Os propósitos de Deus não podem ser frustrados. As catástrofes da história não desestabilizam o governo de Deus. As tragédias humanas não fazem sucumbir os planos divinos. Os problemas que vivemos são instrumentos pedagógicos para nos aperfeiçoar em santidade, e não fatos acionados pela mão do acaso, para nos destruir.

Gerar foi o lugar que Isaque nasceu. Deus irrompe na sua história e lhe diz: "Não fuja, floresça onde você está plantado. Não corra dos problemas. Enfrente-os. Vença-os".

Deus acalmou o coração de Isaque dizendo-lhe: " Eu estou contigo. Cal­ma! Eu tomo conta da sua descendência. Seu futuro está nas minhas mãos. Calma!


Farei de você e da sua descendência uma bênção para o mundo".

Diante de tantas inquietações, tantas perguntas perturbadoras e tantos exemplos de fracasso à sua volta, somente a voz e as pro­messas de Deus podiam trazer alento para Isaque. Parece que todas as vozes da terra anunciavam a falência dos sonhos. Isaque precisava alimentar-se das promessas de Deus, precisava beber o leite genuíno da verdade que jorra dos mananciais de Deus. Quais fo­ram as promessas que como ribeiros regaram a alma desse peregrino?


1. Uma presença consoladora

Deus diz a Isaque: " Permaneça nesta ter­ra e eu estarei com você" (Gn 26.3). Quando a crise bate à porta da nossa vida, a primeira coisa que perdemos é a consciência da pre­sença de Deus. Quando somos encurralados por circunstâncias adversas, tendemos a achar que Deus nos desamparou. Por isso, a primeira palavra de encorajamento que Deus dá a Isaque é a garantia da sua presença com ele. É a pre­sença de Deus que nos dá a vitória. São a coluna de nuvem durante o dia, e a coluna de fogo à noite, que inibem e neutralizam o poder do adversário contra nós.

O segredo da vitória na crise é peregri­nar na terra em obediência a Deus. Andar sob a direção do céu é caminhar seguro. Es­tar no centro da vontade de Deus é triunfar nas horas de incertezas. O lugar mais seguro para estar, ainda que em perigo, é no centro da vontade de Deus. O lugar mais seguro fora do centro da vontade de Deus é terreno es­corregadio. Quando o Senhor caminha conosco, sempre chegamos ao porto deseja­do.


2. Uma bênção especial

O deserto é um problema para nós, não para Deus. A crise pode desestabilizar os go­vernos da terra, mas não o trono do Senhor. O deserto pode ser o palco da prosperidade porque Deus transforma desertos em poma­res. Ele faz arrebentar rios no ermo. Faz bro­tar água da rocha e o deserto florescer. Ele converte os nossos vales áridos em mananci­ais, as nossas tragédias em degraus, para su­birmos a alturas mais elevadas. A bênção pro­metida a Isaque não foi algo vago, difuso, inverificável, podia ser medida, calculada, aferida.

Primeiro Deus prometeu a ele e à sua descendência a posse de todas aquelas ter­ras. Isaque deixaria de ser um peregrino para ser o donatário. Cabia-lhe generosa heran­ça. Deus empenhou a sua palavra em cumprimento à aliança feita com Abraão, seu pai.

Que sejamos acalmados assim como Isaque, firmados na verdade de que Deus é fiel para cumprir o que prome­te. Nenhuma de suas palavras cai por terra. Aquela terra mais tarde precisou ser conquis­tada palmo a palmo. Gigantes tiveram de ser desalojados. A terra prometida a Isaque é um símbolo da Canaã celestial. Devemos perseverar, permanecer nos lugares onde Deus nos tem plantado para tambem conquistarmos aquilo que o Senhor tem para nós.

"Não fuja, floresça onde você está plantado. Não corra dos problemas. Enfrente-os. Vença-os".

Buscando ao Senhor que não nos deixa fugir diante das crises...

Juliana

(Inspirado/ extraido do Livro: Prosperando no deserto / Hernandes Dias Lopes.)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Na Casa do Oleiro...Retornando ao Propósito Eterno.

Jeremias  18:2-6

...Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.

 E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas,
 Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.
 Então veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o SENHOR. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.




Conforme o breve texto, o resumo da obra de Rick Warren, tudo começa em Deus, Ele não é apenas o ponto de partida de nossa vida, mas e a fonte dela, pois é NEle que descobrimos a identidade e o propósito para o qual fomos criados.

   Muitos de nós foram atraidos a Jesus não pelo desejo de descobrir seus propósitos, mas porque aqueles propósitos em que acreditavamos se desfizeram. Casamentos desfeirtos, enfermidades, luto,sonhos frustrados, vicios,  insatisfação e descontatentamento. Procuramos e atentamos para o Senhor por não termos mais onde encontrar um sentido na vida, não por entender que Ele é o Caminho, sentido e que NEle temos um propósito eterno, ou seja, que não tem fim.

Antes de entragar nossas vidas ao Senhor, em quem somos livres de uma vida no pecado( palavra que no grego significa justamente errar o alvo), para sermos justiça de Deus ("viver em posição e condição aceitável para Deus”), não tinhamos o conhecimento da boa, perfeita e agradável vontade do Pai para nós, portanto, mesmo sem saber a razão, sabiamos que algo faltava, pois não estavamos no único lugar onde somos completos, no centro da vontade do Senhor.
Mas e quando estamos em Cristo, caminhando com Ele, quando ja temos nossos caminhos endireitados, quando entendemos e vivemos como filhos, povo de Deus, vivendo a identidade DEle para nós e ainda assim nos sentimos vazios, de certa forma gratos, mas no fundo, descontentes com a vida que temos vivido?

|Será que tomamos outro caminho errado, ou quem sabe, novamente nossos sonhos serão frustrados, ou ainda, Deus errou no propósito Dele para nós?

Não é dificil encontrar pessoas conhecedoras do senhor, filhos de Deus,que se encontram amargurados, frustrados, neutralizados e sem direção exata, pessoas que não estão vivendo verdadeiramente o alvo do coração do Pai para elas. Digamos que até começaram certo, partindo de uma nova vida em Cristo, mas que ao longo do caminho erraram mais uma vez o alvo, foram se distanciando da vontade do Criador.

Em Jeremias 18, podemos ver como uma nação, escolhida, chamada por Deus para um propósito peculiar, pôde se desviar tanto dos alvos do Eterno. Deus mesmo disse que poderia fazê-los retorna de seus maus caminhos, mas era necessario que duas coisas acontecessem:

1º-Descer à casa, colocar-se na roda.
Descer fala de retornar dos caminhos maus, reconhecer que é preciso parar e retornar para Aquele que pode dar nos dar uma nova forma. Estar na casa do oleiro, estar na roda , é estar no altar, onde podemos ser moldados, onde podemos ouvir o Pai e redescobrimos a forma original para a qual Ele nos criou, ter restaurada a visão de quem somos e de quem Deus é, para que também voltemos ao Seu propósito.

2º-Ser o  Barro.
Além de descer, temos que "ser o barro", não somente chegarmos ao altar, mas ter um coração quebrantado, reconhecendo que nada somos, que de repente erramos o caminho, não acertamos o alvo, que estamos fora do propósito do Pai. Nos deixar nas mãos do oleiro, nos render à soberania do Senhor, com um coração humilde e dispisposto a obedecer, deixar que Ele dê a forma necessaria ao vaso, de modo que como vasos em suas mãos, cumpramos seus propósitos eternos.

Israael teria que passar por estas etapas, chegar ao altar do Senhor, se colocar como barro. Creio que Deus ainda espera por este dia em que, como Nação, Israel se voltará para o centro da vontade do Pai, se renderá a Yeshua, e desfrutará da benção e da salvação do Senhor.

Mas  e quanto a nossa vida? Quando Deus disse poderia fazer com Israel como fez o oleiro com o barro, a resposta deles foi negativa. Veja: (Verso 12) Mas eles dizem: Não há esperança, porque andaremos segundo as nossas imaginações; e cada um fará segundo o propósito do seu mau coração. Deus estava disposto a recomeçar, mas Israel não.

Talvez temos seguidos caminhos maus, cujo o fim é a morte  e não a vida, e isto explica todo descontentamento com qual  estamos lidando. Começamos com o Senhor, mas nos distanciamos DEle, e agora é preciso retornar, descer à casa do Oleiro, nos aproximar do altar, nos fazer barro, nos render para que Ele nos faça conforme sua vontade, dando a forma necessária para sermos o vaso certo, no lugar exato, onde viveremos, para sua Glória, e nossa alegria completa, o propósito original e eterno DEle para nós.

Que possamos descer à casa do Oleiro e retornar aos propósitos eternos que o Senhor tem para nós.

No amor do Senhor
Juliana