sábado, 3 de setembro de 2011

MAIS DE DEUS


Mais de Deus

Quando nos deparamos com a idéia de buscar, conhecer, receber mais de Deus, podemos refletir sobre certa impossibilidade: Separar Deus (quem Ele é, seu caráter) da presença dEle (sua glória).

Não podemos separar a presença de Deus da manifestação do seu caráter.

Estar em meio à glória de Deus, em sua presença, nos permite conhecer seu caráter, quem Ele é, e ser transformados à sua imagem.

Nessa perspectiva, buscar mais de Deus nos remete a dois níveis ou estágios em Deus:

1ºBuscar por mais da presença, da glória de Deus;
(nível onde nos deleitamos, nos satisfazemos no Senhor - Salmo 37:4)

2ºBusca pelo conhecimento do caráter de Deus;
(nível em que buscamos e conhecemos mais do caráter de Deus, deixando que seu caráter seja manifesto em nossas vidas-Gálatas 2:20)

O primeiro estágio se define em um tempo de deleite, satisfação em Deus. Um período em que buscamos a presença do Senhor porque nos sentimos bem, confortáveis nela. É um nível em que as nossas emoções e vontades não são latentes.

Deus tem prazer em nossa comunhão com Ele, em nos deleitarmos nEle, mas não podemos buscá-LO apenas para satisfação dos desejos do nosso coração, precisamos deixar que em sua presença Ele nos revele quem é, e que seu caráter seja manifesto em nossas vidas.

No primeiro estágio buscamos a presença do Senhor, no segundo, conhecemos e deixamos que seu caráter seja conhecido através de nós.

Quando minha idéia de “mais de Deus” é direcionada em ter mais de seu caráter, a prática de Gálatas 2:20 se torna real: Não vivo eu, mas Cristo vive em mim!

Da satisfação á crucificação! Do nível ainda emocional para o sacrificial.

2 Co 5:18 nos fala que por Cristo fomos reconciliados como Pai. Jesus nos abriu o caminho, nos deu acesso à presença de Deus.

Em João 10:30 Jesus declara que Ele e o Pai são um. Isto nos permite compreender que este mesmo caminho pelo qual podemos estar em Deus possibilita que Jesus viva hoje na Terra. Deixar Deus manifestar seu caráter em nós é deixar Cristo viver através de nós, dando continuidade às obras ainda maiores que Ele disse que faríamos.

Mas quem é o Senhor, qual é o caráter de Deus?

Deus mesmo se denominou uma vez como “EU SOU”.
Não teria maneira melhor para descrever sua grandeza. Porém, entendemos que o caráter de Deus se revela através de seus atributos.

Sabemos que não há apenas um atributo que possa definir o caráter de Deus em todo o seu significado e amplitude.

Os atributos de Deus podem ser comunicáveis, ou seja, transmitidos a suas criaturas, e incomunicáveis, somente Deus os possui.

Manifestar o caráter de Deus é deixar que ele transmita alguns de seus atributos para nós.

Não podemos ser onipresentes ou onipotentes, mas atributos como o amor, a longaminidade, a fidelidade, a santidade, a paz, a bondade, a misericórdia, a paciência e outros, são atributos comunicáveis, ou seja, podemos deixar que sejam manifestos em nós.

Muitas vezes temos um desejo, um anseio ardente por estar na presença de Deus, apenas por reconhecer que não há lugar melhor para estar. Porém, o Senhor aguarda o dia em que nosso anseio por estar com Ele nos fará estar dispostos a morrer para nós mesmos para que Ele possa viver através de nós, Deus anseio pelo dia em que O buscaremos prontos a prosseguir em conhecê-LO.

Em Oséias 6:3, a palavra nos orienta a conhecer e prosseguir em conhecer ao Senhor. Isso deixa claro que não podemos conhecer o caráter de Deus em apenas um momento em sua presença, entendemos que cada momento nEle estaremos prosseguindo, dando continuidade em nossa busca por mais de seu caráter.

E qual a importância de conhecer e ter mais do caráter de Deus em nossos dias?

A primeira e mais importante razão é por não podermos amar ao Senhor sem conhecê-LO.

Conhecer a Deus é que nos capacita a amá-LO. Quando conhecemos seu caráter deixamos de amar ao Senhor por aquilo que Ele faz, e amamos por quem Ele é.

Conhecer o caráter de Deus nos habilita a amá-Lo de todo nosso coração, de toda nossa alma e de todo nosso entendimento.

Outro motivo pelo qual precisamos mais de Deus, do conhecimento e manifestação de seu caráter em nós, é para que possamos cumprir o propósito pelo qual Ele nos fez geração eleita: Manifestar ao mundo quem é o Senhor, ou seja, revelar seu caráter para todos os povos!

Quando buscamos mais do caráter de Deus, quando Cristo vive em nós, Ele mesmo transforma e estabelece sua vontade sobre a família (relacionamentos), sobre a igreja (ministérios) e sobre o mundo (sociedade).

A bíblia diz que a criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Ser filho é ser semelhante! Quando buscamos mais do caráter de Deus nos posicionamos como filhos, marchamos triunfantemente para desfazer as obras malignas, vivemos como a igreja contra qual o inferno não poderá prevalecer.

Famílias, igrejas e o mundo necessitam da manifestação da glória, do caráter de Deus. Os relacionamentos, a sociedade, os ministérios precisam mais de Deus.

Quando buscamos mais de Deus e temos mais de seu caráter em nós, somos pacificadores, justos, bondosos, misericordiosos, mansos, benignos, verdadeiros, santos, amáveis e tudo que podemos ser através da manifestação do caráter de Deus em nós.

As famílias precisam de mais de Deus. Somente através do caráter de Deus é que teremos transformação e restauração nos relacionamentos. Apenas quando houver mais do caráter de Deus nas igrejas é que nos ministérios a competição dará lugar ao crescimento que procede do Senhor. E quando as famílias e as igrejas manifestarem ao mundo quem é o Senhor, teremos uma sociedade transformada pelo poder de Deus, pois o mundo conhecerá quem é o Senhor, e serão, pelo conhecimento de Deus, também filhos dEle.

FAMÍLIA + DEUS (quem Deus é, seu caráter).
                                                                
IGREJA + DEUS (quem Deus é, seu caráter).
                                         =Transformação da Sociedade(MUNDO)

Somos dependentes de Deus, precisamos de sua presença. Mas o que faz a diferença é deixarmos que a presença de Deus, o caráter dEle, seja conhecido onde estivermos.

Quando deixamos que a misericórdia de Deus seja comunicada a nós, é natural não levarmos em conta as ofensas nos relacionamentos, é notório não deixarmos que nosso coração venha se turbar, porque a paz de Deus passa a governar nossas emoções. Quando passamos a manifestar a bondade, o amor, a fidelidade em nossas famílias, nossos lares tornam-se um pedaço do céu porque Deus, através da presença de seu caráter em nós, habita ali.

Quando as igrejas correrem a carreira manifestando o caráter do Senhor, a verdade e a justiça serão estabelecidas, pois a justiça e verdade são a base do seu trono. Assim sendo, não há como a igreja não resplandecer como sal da terra e luz do mundo.


O mundo que o sal e a luz conseguem impactar transforma-se em uma sociedade que teme ao Senhor, pois verdadeiramente conhece quem Ele é, tendo seu destino alterado pelo conhecimento da Glória, do caráter De Deus.

Buscando mais de Deus, Juliana!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O TÚMULO CONTINUA VAZIO


O TÚMULO CONTINUA VAZIO

Umas das características mais impressionantes em Jesus é que Ele atraia multidões não por ter um discurso composto por concessões ou garantias de uma vida isenta de aflições. Não! Jesus não fazia concessões, chamava de hipócrita aos hipócritas, de pecado o que era pecado e não foi sucinto quanto ao termos aflições no mundo. 

Os discursos de Jesus sempre reduziam o número de seus seguidores, pois nunca deixou latente que seguí-LO implicaria em tomar uma cruz e ir após Ele. Resumindo, sua mensagem era clara e objetiva, aquele que resolvesse seguir o carpinteiro deveria estar certo dos custos, do preço a ser pago: Tomar uma uma cruz e seguir alguém que além de carregar a sua, seria crucificado nela.

Muitas pessoas são atraídas por um evangelho que não é compátivel com a verdade que nos faz verdadeiramente livres. Igrejas numerosas muitas vezes agregam multidões que desconhecem o real compromisso, sacrificio e renuncia de ser, com autenticidade, discípulas de Jesus.

Os resultados são pessoas instáveis, que, quando a vida segue como um mar de rosas, permanecem com mãos levantadas e sorrisos nos lábios enquanto declaram “Quão grande és Tu”. Porém, quando experimentam aquilo que realmente faz parte de um evangelho autêntico, decidem buscar  outra igreja, voltar para velha e segura “religião”, ou ainda, buscar alguma outra filosofia de vida.

Nunca existiu tantas opções como hoje. Se não podemos nos adaptar em uma igreja, cujos costumes não nos agradam, na próxima esquina podemos encontrar outra que seja parecida conosco, porém, as pessoas são um pouco estranhas, gritam, pulam, mas, ainda temos uma outra quadras à frente, podemos nos enquadrar alí.

Interessante é que não agimos assim apenas em relação a igreja da qual fazemos parte, é assim que agimos em nossos relacionamentos, empregos, escolas,famílias e outras situações. Quando aquilo que vivemos não mais é agrádavel, partimos em busca do que possa satisfazer nossas necessidades.

Vivemos um evangelho centrado no “EU”, nas “minhas vontades”, quando Jesus nos chamou para viver, nos mover e existir nEle. Quando seu convite foi que pudéssemos morrer afim de que Ele pudesse viver atrvés de nós.

Mas, o título sugerido não nos permite uma abordagem mais ampla sobre as desventuras de um “mundo góspel”.

Na realidade, diante da atrocidade presente em nossos dias , precisamos trazer à memória o que pode nos dar esperança.

Somos  levados para o matadouro todos os dias, esta é a realidade dos discípulos, daqueles que entregam suas vidas ao Senhor. A nossa cruel rotina é composta por lutas, por diagnósticos negativos, por desempregos, por desilusões, por traições, combates por fora e temores por dentro. Somos cercados por aflições e ter bom ânimo é uma questão de sobrevivência em muitas estações de nossas vidas.

Enfrentamos momentos difíceis na família. Um esposo enlaçado pelo adultério, um filho envolvido com drogas, a mulher supreendida por um câncer, casais se divorciando, filhos se protituindo, se perdendo em um mundo tenebroso. Um pouco dramático? Talvez, mas um quadro real em muitas famílias.

Saímos para trabalhar como se fôssemos para um campo de batalha. Empresas assombradas pela falência, patrões impiedosos, funcionários negligentes.

Lidamos com relacionamentos superficiais, com pessoas que mentem, enganam, manipulam e são maledicentes. Nos decepcionamos com aqueles que são intímos, nos desiludimos com os cônjuges, somos abandonados pelos pais,líderes, traídos por amigos e não compreendidos por muitos outros.

A verdade é que por mais assutador que possa ser uma vida com Cristo, e por mais que estajamos suscetíveis a todas essas circunstâncias, podemos ter  bom ânimo, pois vale à pena.

Pode nos ocorrer uma pergunta refletindo sobre o que abordamos aqui: Como ter bom ânimo diante da visão de como as coisas relamente são?

Trazendo à memória que o túmulo ainda está vazio.

As desilusões, traiçoes, doenças, divóricos, desempregos, adversidades não alteram a morte e a ressurreição de Jesus. Nossas lutas, dores, tristezas e decepções não alteram o fato: o túmulo ainda está vazio! Nada altera a vitória que Jesus conquistou na cruz.

Isso é o que confunde o nosso único e real inimigo, o diabo. Por mais que possamos parecer derrotados, somos muito mais que vencedores e nada pode alterar esta verdade, pois o túmulo continua vazio!


Podemos ser pressionados, mas não desanimados. Ficar perplexos, mas não desesperados. Somos perseguidos, mas não abandonados, pois Ele prometeu e jamais nos abandona. Nos deixamos ser abatidos, mas destruídos, jamais.

O túmulo continua vazio! Não importa quais realidades nos carcam, podemos nos lembrar do que Maria Madalena relatou em João 20:2: “Tiraram o Senhor do sepulcro”. Jesus está vivo, e o que nos importa é:  Trazendo sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo (2 Co 4:10).

Podemos terminar convictos que o túmulo está vazio e que temos uma resposta diante de cada atrocidade de nossos dias: O túmulo continua vazio!

Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou a angustia, ou a perseguição, ou a fome, ou nudez, ou pergio, ou espada? Não! Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro.
Mas em todas essas coisas somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estamos convencidos de que nem a morte nem a vida, nem anjos nem demônios, nem quaisquer poderes, nem altura ou profundidade, nem qualquer outra criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor! ( Romanos 8:35-39)

 No amor de Cristo, Juliana!

sábado, 25 de junho de 2011

VENCENDO EM ADORAÇÃO


VENCENDO EM ADORAÇÃO AO SENHOR


Texto de abertura:

I João 2:14 - Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.

Este é um verso significativo para uma categoria de pessoas: Os Jovens!

Percebemos que existem três pontos importantes para a vida, para a identidade e caminhada do jovem no Senhor, que são:

1º A força que ele possui;
2º A palavra que está nele;
3º A vitória que ele tem sobre o maligno;



Conhecedor das lutas que, como homens e mulheres, como jovens, enfrentamos diariamente,  em sua sabedoria, em seu amor e cuidado Deus deixa algo especialmente escrito para o jovem, uma afirmação poderosa, uma certeza motivadora, e principalmente, uma esperança!

Nossa realidade como cristão hoje é semelhante ao povo de Israel no AT. Caminhamos para  conquistar tudo quanto Deus tem para nós, e como eles, encontramos resistência, perseguição, mares para serem abertos, desertos e dias maus.

Todos nós enfrentamos dificuldades, porém,  sabemos que em Cristo, Deus mesmo nos fez muito mais que vencedores!

Por que razão então, se somos mais que vencedores em Jesus, Deus teria enfatizado que os jovens são fortes e já venceram o maligno?
Creio que o Senhor conhecia a necessidade do jovem, sendo a juventude o período mais delicado da vida humana, de algo que pudesse lhe dar esperança!

Deus provavelmente quis enfatizar a força e vitória do jovem por saber que justamente nessa etapa da vida é que ele lida com as maiores investidas de satanás em desviá-lo do propósito do Senhor.


Embora a juventude seja uma fase da vida em que temos força, tempo, disposição, habilidades e oportunidades diversas, e que a própria bíblia diz que temos força e somos vitoriosos, não é raro encontrarmos jovens caídos, desanimados, enfraquecidos, enfim, vivendo o oposto daquilo que a palavra diz!

E por qual motivo? Porque a juventude nos faz pensar que nos resta ainda muito tempo, temos dificuldade de ouvir e pensamos estar sempre certos, que e o nosso jeito e a nossa maneira é sempre a melhor opção! ( Quando somos jovens desejamos mudar o mundo, mas temos muita resistência em mudar a nós mesmos! ).


Como então viver de fato na força, na vitória que Deus tem para nós, jovens?
A melhor forma para vencer é se render a Deus, vencendo em adoração ao Senhor!

Adorar a Deus nos leva a conquistar tudo quanto Ele tem reservado para nós!

Mas o que entendemos por “adoração”?
Adoração no AT, no hebraico, no original da palavra, significa serviço! Sendo assim, entre tantas definições de como adoramos ao Senhor, podemos adorá-LO, servindo!

Deuteronômio é um dos livros que diz muito sobre a caminhada do povo de Deus rumo a conquista da terra prometida!

No capitulo 12, verso 13, encontramos algo bem interessante sobre adoração, sobre oferta e sacrifício ao Senhor, vejamos:
Tenham o cuidado de não sacrificar os seus holocaustos em qualquer lugar que lhes agrade”.

Este capítulo fala sobre adoração, sobre oferecer sacrifício de maneira agradável a Deus! Diante da perspectiva do AT, entendemos que o verso nos orienta a ter o cuidado de não oferecer sacrifício, servir o Senhor somente de maneira que nos seja agradável!

Se adoração significa serviço, logo, aquele que serve torna-se um servo, e servo significa ser escravo. Sabemos que um escravo vive para cumprir e fazer aquilo que agrada o seu senhor.

Sendo assim, adoração significa estar disposto a servir ao Senhor da maneira que Ele desejar, no lugar  que Ele mesmo determinar para ser adorado!


O povo caminhava  para a uma grande conquista e precisavam aprender algumas coisas antes!
 No verso 8, Moisés diz que eles faziam somente aquilo que parecia bom aos seus próprios olhos, e quando chegassem na terra, não poderiam mais agir dessa forma!


Todos que estamos em Cristo sabemos que fomos criados para um propósito, chamados para servir ao Senhor de alguma ou diversas maneiras. Porém, estamos preparados para servir a Deus, adorá-LO de um modo que não seja agradável para nós? Ou adoramos a Deus, servimos apenas quando se trata de algo favorável, confortável e agradável para nós?


Como seremos humanos sabemos que nossa natureza carnal está sempre lutando contra o que é santo, puro e agradável ao Senhor. Como jovens, estamos sempre buscando fazer aquilo que acreditamos estar certo, aquilo que temos vontade e gostamos. Mas se desejamos viver a vitória que nos foi outorgada na palavra, na cruz do calvário, precisamos aprender a renunciar nossas vontades e fazer não somente aquilo que nos agrada, mas o que seja aceitável e agradável a Deus! 

Em Efésios 2:10 está escrito: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

A palavra de Deus diz que Ele mesmo preparou boas obras para que pudéssemos realizá-las. Mas na maioria das vezes, aquilo que é bom para Deus não parece bom aos nossos olhos.

Precisamos de coragem e disposição para buscar as boas obras que o Senhor preparou para nós.

Nem sempre aquilo que agrada ao Senhor nos agrada. Mas precisamos escolher servir em todas as coisas, por aquilo que é, ou não, agradável para nós!


Muitas vezes sonhamos com grandes propósitos, mas não temos disposição de pagar o preço.

Nosso maior exemplo de vida, Jesus, foi enviado com a missão de salvar a humanidade, veio como salvador, mas em maior parte de sua vida, viveu no anonimato, viveu naturalmente até o tempo de consumar  seu propósito!

Jesus fez uma declaração maravilhosa em João 17:4, onde Ele diz assim:

Eu te glorifiquei na terra completando a obra que me deste para fazer!

Essa afirmação de Jesus não  aconteceu depois, e sim, antes de sua crucificação. Isso nos permite entender que Jesus glorificou a Deus não apenas morrendo em nosso lugar, mas em cada detalhe de sua vida na terra.

Como homem, em sua profissão, em seu lar, com seus amigos, com os discípulos, e até com seus inimigos, Jesus viveu e fez tudo quanto tinha que ser feito glorificando ao Senhor em toda sua vida.

A vontade de Deus para Jesus não era algo agradável para Ele, mas era a obra para qual Ele foi enviado, e sendo assim, precisou cumpri-la. Ele enfrentou momentos em que teve que escolher entre a sua vontade e a vontade do Pai, mas decidiu e escolheu adorar ao Senhor deixando que a vontade do Pai fosse feita na terra, nos permitindo ser reconciliados com Deus!

As vezes, a maneira pela qual Deus deseja que sirvamos a Ele, seja aparentemente anônima e insignificante, as vezes significa a morte, renúncia, mas ainda assim, precisamos executar a sua vontade!

Precisamos buscar em Deus toda capacitação que necessitamos tanto para as grandes, como para as pequenas obras que o Senhor ja tem preparada para nós!


2 Co 3: 5 – Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus.
Não apenas por sermos jovens, mas por termos nossa natureza carnal, não podemos escolher pela vontade de Deus, por adorá-LO como Ele deseja por nossa vontade, antes, Ele mesmo é quem nos confere capacidade para isso.

Essa capacidade que temos em Deus é fruto de uma adoração de passar tempo, ter intimidade com Deus, ter tempo de oração e adquirir conhecimento da palavra!

Quando nos rendemos em adoração, em oração e buscamos a vida que procede da palavra, podemos escolher servir ao Senhor, adorá-LO e então caminharmos na vitória, na força que a bíblia diz que temos!


Dessa forma, podemos ter a alegria de fazer das palavras de Jesus nossas próprias palavras:

“Pai, eu te glorifiquei, te adorei na terra Senhor, completando cada obra que me deste para fazer”.

E assim, como jovens, podemos viver vencendo o maligno em adoração, ou seja, servindo ao Pai de uma forma que seja agradável a Ele! 


Vencendo o maligno em adoração ao Senhor, Juliana!

domingo, 5 de junho de 2011

E por falar em Feridas...

Não importa o quanto algo nos machuca, as vezes se livrar de tal coisa dói ainda mais...


Ao ler frases como esta podemos imaginar quão presos podemos estar ao que mais nos fere.Se algo nos machuca devíamos ter a facilidade de nos desprender, mas raramente acontece assim...

Além de caminhar com aquilo que faz a ferida ainda lidamos com a fragilidade  de não conseguirmos dizer adeus.

Que tipo de força nos impulsiona a permanecer acorrentados ao que rouba a vida lentamente dos nossos corpos, alma e espírito? Qual a chave que recusamos usar para abrir as portas que nos conduzem a liberdade ?

Penso que a unica força capaz de impedir que deixemos aquilo ou a pessoa que nos fere 
é também a que nos falta e nos aprisiona nesta condição, chama-se: Amor!
Permanecemos por amor nas circunstâncias mais deploráveis e ao lado das pessoas mais cruéis, por amor! Ainda que morramos um pouco mais a cada dia, permanecemos por amor!

A dor de estar longo daquilo que que nos fere é maior do que as feridas que nos tem sido feitas pelas atitudes de quem amamos, maior do que todo caos que os derredores e lugares onde estamos possam causar.

Com o tempo você se acostuma tanto com a dor que não sabe mais como viver sem ela,
então, descobre que livrar-se da dor implica em conhecer uma outra, e que tudo que é novo traz consigo uma mistura de sentimentos, realidades boas e ruins, sendo assim, tudo em você constantemente escolhe por não abandonar ou  partir para longe do que te machuca, afinal, as feridas já são familiares! 

Então seguimos a vida assim, com as feridas abertas e o coração sangrando...

Mas um dia, por uma bondade que não conhecíamos de fato, somos levados a um lugar onde descobrimos o que realmente é amor, ao lugar onde as circunstâncias não fazem diferença alguma, lugar onde houve escuridão, morte, terror, injustiças, escárnio e muitas feridas, mas que por amor, não o mesmo amor que nos faz prisioneiros porque não queremos renunciar o que nos fere, permaneceu ali sendo ferido para poder sarar.

Um amor que escolheu morrer para que pudesse alcançar seu alvo: Curar um coração ferido, salvá-lo da perdição eterna!

Este amor revelado neste lugar nos abrem o caminho para a liberdade! Não apenas do que nos machuca, das correntes que nos prendem, mas somos libertos da falsa ideia do amor!

Um lugar chamado cruz, um amor revelado pelo próprio Deus, através de Jesus...

Na cruz você contempla a escolha do filho de Deus em se ferir, em morrer em seu lugar. Neste lugar você pode sentir este amor te libertando de tudo que um dia parecia amor, de tudo que por tantos incontáveis anos te feriu, e se não fora por este acontecimento da cruz, teria te matado! Então você faz mais uma descoberta: Precisa escolher entre o que te machuca e Aquele que foi machucado, que sofreu, morreu por você!

Descobre que há uma escolha diária que fará toda diferença em seus dias: A Cruz ou as correntes de pessoas, riquezas, status, fama que nunca poderão preencher o vazio do seu coração! Todos os dias o olhar para a cruz nos lembra que há uma morte, uma entrega e uma escolha...

Uma morte que Jesus não pôde morrer, a morte de nossa vontade!
Uma entrega que Ele não poderá fazer, a do nosso coração...
E uma escolha de qual amor deixaremos conduzir nossas vidas!

Seguiremos o caminho que nos foi aberto e deixaremos que este amor onde não há medo guarde nosso coração, ou permaneceremos feridos amando e esperando pelo amor que nunca nos acrescentou alegria sem tristezas?

Por que este amor, o perfeito amor revelado na cruz lança fora todo medo?
Porque ele mesmo levou sobre si todas as feridas e dores que poderiam nos atingir um dia...
Será que podemos aceitar a dor de deixar o que nos machuca por Aquele que aceitou ser ferido em nosso lugar? Temos de fato desfrutado e deixado este amor nos fazer livres do medo, das correntes da decepção, da desesperança?

Este é o dia, o momento...
Há uma morte, uma entrega e uma escolha!
Qual será a nossa decisão?




(Juliana Sanches Grichi)

sábado, 26 de março de 2011

Quando Deus nos permite ver, mas não nos permite entrar na terra prometida!




Dt 34:4- Esta é a terra que prometi, eu te faço vê-la com os próprios olhos; porém não irás para lá.

Não consigo imaginar quão peculiar fora este momento na vida de Moisés. Não apenas o único, mas o ultimo momento, as experiências finais deste homem de Deus, que tanto já contribuíram para sermões, que já ministraram tanto em nossas vidas.

Um pouco alheios a tudo que conhecemos e já ouvimos sobre a morte de Moisés, sobre o que fez com que ele não colocasse os pés na terra prometida, fico imaginando quantos de nós somos chamados para uma experiência semelhante, em esferas diferentes, mas semelhantes.

Imagine-se sendo chamado, depois de uma tarde de árduo trabalho, depois de passar o dia resolvendo problemas e conflitos, de mediar entre patrões e funcionários, decidir, escolher por caminhos decisivos para a “empresa”, depois de um dia de extrema importância para as conquistas dos alvos, das metas, após uma vasta relação de eventos, com a maioria solucionados e na grande parte, bem sucedido, você é chamado para uma reunião, talvez, uma conversa aparentemente rotineira com o Todo-Poderoso, dono e investidor da empresa.

Prontamente você responde ao superior e coloca-se para ouví-lo, afinal, diante de um momento como este, de um passo para a consquista, são necessárias e bem-vindas novas orientações da chefia.

Porém, a conversa começa de maneira informal, logo, o nervosismo de não saber do que se trata inunda sorrateiramente seu coração, que bate aceleradamente embalado pela ansiedade do que está por vir.

E as palavras mais temidas são anunciadas:

“Bem, conquistamos as metas, todos os nossos alvos. A empresa vai muito bem, alcançamos tudo que almejamos, agora só nos resta desfrutar, porém, não estará mais conosco, acho que não há mais necessidade de seus serviços e para este grande passo e conquista, para este território e nova etapa, não contaremos mais com você! Veja, faremos isso, chegaremos alí, nos tornaremos ainda maiores, apenas veja, estes são os novos rumos, mas, não irá participar, este é o plano, mas você está fora, sinto muito!”  

Sim, com certeza não existiria mais chão para seus pés, seu coração, provavelmente teria parado de bater, e tudo, até mesmo o todo-poderoso, teria desaparecido diante dos seus olhos.

Imaginações à parte, olhe mais profundamene para situação de Moisés. Depois de toda sua trajetória liderando o povo, mediando, trabalhando para que pudessem chegar ao lugar prometido por Deus, à beira da conquista, às portas da terra, é chamado para ouvir que não entraria nela, que não participaria da conquista, para Moisés, não  haveria chegada!

Fico pensando quantas vezes passamos e como lidamos com experiências como esta. Momentos em que Deus nos permite ver, mas não nos deixa entrar na terra prometida!

Existem momentos em nossa vidas que somos colocados em uma “conversinha” com Deus. Podemos ouví-lo dizer tudo que poderiamos ser, onde chegaríamos, onde nossos dons e habilidades poderiam nos levar, toda satisfação que teríamos ao contemplar nossos sonhos realizados, Deus literalmente nos mostra onde poderíamos chegar, o que poderíamos conquistar através dos nossos sonhos, e então, nos diz: Veja, “esta é a terra”, tudo isto é para você, todo potencial que eu mesmo te dei, te levaria rumo as realizações dos sonhos mais grandiosos do seu coração, mas, tenho outros planos, veja, poderia ser assim, mas não será!

Sim, acontece todos os dias com alguém! Assim como Moisés, sentamos na sala de Deus e ouvimos as duras palavras: Veja, está é a terra que prometi, mas você não entrará nela!

Então, estamos diante de um Deus cujo prazer é nos fazer sofrer ou viver frustrados pelo resto de nossa vidas por nos dar a visão de onde poderíamos chegar e revelar que Ele mesmo não nos permitirá alcançar estes lugares?

Não! Esta uma das maneiras como podemos reagir diante de um momento como este, mas temos uma outra alternativa: Podemos compreender que Deus, de quem os pensamentos são mais altos que os nossos, sabe exatamente onde quer nos levar, e no fim, tudo acaba onde Deus gostaria que estivesse, porque sua vontade perfeita é apenas uma!

Temos que escolher entre: acretidar que “morrer” pode ser melhor que entrar na terra prometida, ou ficar amargurados com Deus, vivendo desgastados e desmotivados porque não entramos na terra.

Moisés não teve a oportunidades de um novo caminho, aquele era o fim da jornada para ele, mas isso não queria dizer que não era o melhor! Ele estaria fora da terra prometida, mas entraria pelas portas da eternidade!

Diante de nossas mortes para as promessas, temos sonhos que Deus nos direciona, a morte dos sonhos devem acontercer muitas vezes, para que os sonhos e propósitos de Deus floresçam em nosso coração!

Por mais nobres e grandiosos que sejam nossos sonhos, não se comparam com os sonhos e pensamentos que o Senhor tem para nós! Por mais belos que sejam os caminhos que escolhemos, os caminhos do Senhor são infinitamente mais altos, e tanto os caminhos como os pensamentos de Deus são para nos fazer chegar ao fim que desejamos!

Na verdade, mudam-se os planos, os sonhos  e até os caminhos, mas sempre chegamos ao fim que desejamos e que estão em conformidade com a perfeita vontade do Pai!

Algumas coisas as vezes precisam morrer para que outras possam florescer!

A vinda do Espírito Santo, talvez a promessa mais valiosa para os cristãos, só aconteceu porque Jesus escolheu morrer. Ele mesmo disse: Se eu não for, o consolador não virá! (João 16:6-7).
Jesus contemplou a tristeza no coração dos discípulos pela separação que sua morte traria, mas fez com que eles compreendessem que a morte iria gerar conquistas e comunhão eternas!

Creia que muitos dos sonhos, muitas das situações em que não há mais vida ou esperança, são justamente componentes de uma transição para aquilo que é eterno e infinitamente melhor!

Deus não mata os nossos sonhos ou nos tirá a vida, mas nos oferece a vida e os sonhos que Ele planejou para nós! Ele não nos permite ver a terra prometida e não conquistá-la para amargurar nosso coração, o Senhor faz isso para que saibamos depois, que verdadeiramente o que Ele tinha era mesmo incomparavelmente melhor!

Crendo que muitas coisas precisam morrer para que outras floresçam...

Juliana