sábado, 17 de julho de 2010

A Renúncia de Jesus

"...A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome." Filipenses 2.8-9

Em Belém e no Calvário vemos Jesus renunciando à Sua honra. Não se vê nenhuma majestade nem esplendor no bebê na manjedoura. Ele, diante de cuja palavra o Universo treme, Ele, que desde a eternidade é recebido com júbilo e adorado por incontáveis seres de luz, "a si mesmo se esvaziou." Mas justamente com isso o Senhor nos leva a cair de joelhos, e nos humilhamos no pó. Como Ele é grande e como é grandioso Seu ato de renunciar à majestade exterior! Não podemos fazer outra coisa do que adorá-lO de coração, porque na renúncia da Sua honra e da Sua majestade, reconhecemos Sua natureza, oculta até agora. Quando Jesus diz: "Eu sou", então Ele revela a Sua majestade interior. "...Não fazendo caso da ignomínia": você percebe a renúncia da Sua honra? Ele está pendurado ali, no madeiro ensangüentado, não somente em dores indizíveis, mas exposto ao público – uma vergonha terrível. Mas eis que, na entrega voluntária da Sua glória, dEle, do crucificado, irradia um brilho indescritível. Ele fez isso por você. Ele desceu da maior honra para a vergonha mais profunda, para que nós, eu e você, alcancemos honra eterna.
Extraído do livro "Pérolas Diárias" (de Wim Malgo)


Quantas vezes seguimos caminhos opostos ao do Senhor? Enquanto Jesus, como filho de Deus, autor da vida, Senhor e Salvador se despiu de sua honra, glória e direitos incontáveis, buscamos glória, poder, aceitação e reconhecimento.
Um dos significados de honra é aceitação. Jesus renunciou tudo aquilo que o tornava aceitável. Deixou seu lar, sua Glória, sua posição, títulos e poder, e mesmo assim não foi reconhecido por tamanho altruísmo, pela renúncia que fez. A bíblia diz que foi mais o rejeitado entre os homens. Ele iniciou sua vida em uma manjedoura, tenho certeza de que este não seria o berço que escolheríamos para nossos filhos hoje, mas Deus, o Pai, em sua insondável sabedoria, fez esta escolha, e Jesus como filho obedeceu, seguindo o plano, o caminho que traria a humanidade de volta.

Renunciar a majestade exterior sem perder a identidade. Jesus nunca se sentiu menos “filho”, menos poderoso por tomar uma forma na qual não havia beleza e formosura, por ser homem, ser alguém que nada tinha de desejável ou de boa aparência.

Nada que venhamos sofrer, nenhum desprezo ou rejeição poderão se comparar ao que o próprio Jesus experimentou. Na verdade poderíamos ser menos afetados por tais condições se lembrássemos mais vezes que Ele levou as dores, as enfermidades, sejam elas físicas ou emocionais. Enfim, o ponto principal é: Temos conseguido ser semelhantes a Jesus quando nos deparamos com a necessidade de renunciar nosso direito de honra, de reconhecimento e valorização?

Vivemos cercados de pessoas e situações que esperam por uma atitude de entrega, uma renúncia da nossa parte. Filhos, pais, esposas e esposos esperando pelo dia em que iremos renunciar a necessidade que temos de ser amados, tendo a atitude de amá-los, ainda que não possamos enxergar nem mesmo uma pequena porção de gratidão da pessoa amada.

Jesus nos ensinou um caminho: A renúncia !

Não importa qual área temos sido desafiados a renunciar. Aceitar este desafio pode gerar resultados que nenhuma outra atitude poderia gerar.

Quando renunciamos o direito de estar certo pela preservação de um relacionamento, quando deixamos os títulos e posições que muitas vezes levantam muros entre as pessoas, quando deixamos que o amor e valor das pessoas sejam maiores que nossas diferenças e peculiaridades, estamos seguindo este caminho.
Certos problemas estão esperando apenas por uma atitude de amor, uma entrega para que sejam solucionados.

Que possamos seguir o caminho dAquele que é o Caminho, a verdade e a vida, Aquele que nos ensinou com sua própria renúncia, que podemos atingir resultados eternos com atitudes assim.

No amor do Senhor, Juliana Sanches Grichi

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