sábado, 3 de março de 2012

A visão correta do amor e da correção de Deus



Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho 
Hebreus 12:6 

Todos gostamos de ouvir acerca do amor de Deus, da escolha dEle em nos tornar seus filhos e herdeiros, a segurança de termos um pastor cuja fidelidade dura para sempre e por isso, nada nos faltará, pois Ele nos ama! Relacionamos tudo que somos e temos de bom ao fato de que o Senhor nos amou de tal maneira, que entregou seu único filho para que não mais perecêssemos. 

 Sendo assim, o amor de Deus nos isenta de perecer, sofrer, sucumbir diante da dificuldades da vida, certo? Errado! Jesus foi entregue por nós para que não viéssemos a perecer em uma eternidade sem o Criador, mas isso não nos isenta das aflições deste mundo, pois Ele mesmo nos deixou claro em João 16:33: “No mundo tereis aflições, mas tenham bom ânimo, Eu venci o mundo”. 


Percebemos então, a necessidade de um ajuste quanto a visão do amor e da correção do Senhor. Conforme o texto acima, o Senhor nos corrige porque nos ama, e açoita aquele que recebe como filho. Imagino que temos muita resistência a ideia de um Deus açoitador, que nos corrige quando erramos. Mas, se obtivermos a ótica correta da correção e do amor do Senhor, será libertador e encorajador enfrentar a correção acerca de nossos comportamentos, atitudes, pensamentos e sentimentos errados. 

Algumas coisas que precisamos discernir sobre o amor e a correção de Deus: 

1- A correção acontece porque o amor existe: Deus não nos corrige por falta, mas pela existência de seu amor por nós, a correção é uma das provas do amor do Pai. Se estamos sendo corrigidos, é porque Ele nos ama e deseja nos conduzir de modo que possamos viver os propósitos dEle. 

2- A correção, os açoites, são a prova de um Deus zeloso, um Pai presente na educação de seus filhos. Quando nos corrige ou açoita, está vislumbrando uma mudança de atitude, ou qualquer coisa que precisa ser corrigida, para que possamos experimentar o melhor que Ele tem reservado para nós, para que possamos usufruir de sua herança. 

Hebreus 12: 7-8, ainda revelam algumas condições para a legitimidade dos filhos de Deus, veja: 

Se suportais a correção, Deus voz trata como filhos; Mas se estais sem disciplina, da qual todos são participantes, sois bastardos e não filhos. 

Existem dois fatores merecedores de atenção: O primeiro é que se suportamos a correção, somos tratados como filho. O outro, é que enquanto filhos, todos seremos participantes da disciplina, mas, se a recusarmos e decidirmos não participar dela, somos bastardos e não filhos. 

A legitimidade de nossa filiação celestial está em aceitarmos e suportarmos a correção! 

A realidade é que as correções não se apresentam como motivo de alegria, mas de tristeza, como está escrito nos versos seguintes. Porém, produzem bons frutos, resultados, para quem se permite ser moldado por elas. 

Por mais dolorosa que seja a correção do Senhor, por mais tristes que possamos ficar, precisamos aceitar e suportar a correção, e há algo ainda essencial: Não desmaiar (perder os sentidos, a cor, sentir-se mal) diante da repreensão de Deus! Veja também o que está escrito em Hebreus 12:5 sobre desprezar a correção e desmaiar diante da repreensão: 

E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido; 

Devemos estar atentos para não desprezar a correção, mas também, para não desmaiar quando formos repreendidos pelo Senhor. As vezes, percebemos a correção batendo à porta do nosso coração, e como a bíblia diz, não temos alegria ao inicio, pois ainda não entendemos qual será o fim de todo processo de correção, de poda do Senhor. Não acreditamos que Deus nos corrige porque nos ama, e limpa a árvore que deseja fazer frutificar mais ainda. Sendo assim, nos deixamos vencer pela tristeza de sermos podados, corrigidos, castigados, por sermos privados de alguma coisa devido ao nosso comportamento errado. 

O período de correção é perigoso pois nele somos tentados a desfalecer, a desmaiar. A repreensão não tem o propósito de nos fazer desmaiar, por isso Deus nos alerta para não desmaiarmos, não perdermos os “sentidos” ou a “cor”. Imagino que quando desmaiamos na fé, nossos sentidos espirituais são afetados assim como os físicos, quando nosso organismo enfrenta um estresse rígido. 

O desmaio espiritual pode implicar a perda do nosso sentido de propósito: perdemos o foco da vontade do Senhor para nós, nossa visão de Deus e nossa identidade são distorcidas, deixamos de ouvir ao Senhor, de enxergar na perspectiva dEle, e passamos a falar palavras que não deveríamos (murmurar, caluniar,praguejar). 
Podemos também perder a “cor”, ou seja, perder a motivação, a alegria, a expectativa e até a certeza de que Deus é bom, nos ama e cuida de nós! A visão acerca de nossa existência, do chamado, da eternidade se tornem cinzentas, escuras e sem vida! Nos sentimos mal, desconfortáveis e desesperançados. 

Os desmaios durante a correção à qual somos submetidos podem ser fatais em nossa caminhada. Se não compreendermos o objetivo da correção (que possamos frutificar ainda mais) e perceber que ela é a prova do amor de Deus, podemos acreditar na mentira mais antiga da história da humanidade: Que Deus não ama, não se importa e não cuida dos seus!

Devemos estar convictos de duas verdades quando exposto às correções: 

A primeira: Todos os filhos são participantes da correção, e ela é a prova de que somos amados por Deus. A boa obra estará sendo completada dia após dia, ninguém ficará isento, todos estamos em obras! (Fl 1:6)

Segunda verdade: O processo da correção possui três etapas: Aceitar (não desprezar), suportar (participar da disciplina) e Não desmaiar (não perder os sentidos e a cor, não nos sentirmos mal), mas em cada uma delas, a graça do Senhor está sempre presente! 

Durante as etapas das correções que enfrentamos, devemos nos lembrar de um verso muito preciso da palavra de Deus, Romanos 8:28:

E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

Amamos ao Senhor porque Ele nos amou primeiro, fomos chamados segundo o Seu propósito! Os pensamentos dEle são mais elevados, e em Seu amor que dura para sempre, faz com que todas as coisas contribuam para o bem que desejamos experimentar!



Buscando a visão correta do amor e da correção do Pai, Juliana!

Um comentário: