sexta-feira, 19 de março de 2010

Nos voltando para as promessas


No deserto da crise precisamos nos voltar para as promessas da Palavra de Deus

Quando somos atingidos por uma crise e estamos no meio de um deserto, somos tomados pela ansiedade e perguntamos: O que será do meu futuro? Como conseguirei sobreviver quando todos estão fracassando? Como poderei superar o desânimo? O que será da minha família? Qual será o futuro dos meus filhos? Como poderei ser próspero vivendo num deserto? E se eu perder o emprego? Onde os meus filhos vão estudar? Se eu ficar doente? Se eu não puder pagar o plano de saúde?

A crise é uma realidade. Não adianta esconder a cabeça na areia como avestruz fazendo de conta que ela não existe.

Isaque também enfrentou uma crise. E não era uma crise pequena. A fome assolava a sua terra. Seu país vivia o drama do empobrecimento coletivo. A esperança do povo estava morta. Os sonhos, destruídos.

A experiência de Isaque abrirá para nós uma clareira no meio desta noite trevosa de crise. A crise foi um tempo de oportunidade na vida dele. Em vez de se desesperar, ele seguiu a direção de Deus e triunfou num tempo em que todos estavam fracassando. O grande perigo na encruzilhada da cri¬se é tomar a direção errada. Isaque queria ir para o Egito, lugar de fartura, riqueza e segurança. Ele foi tentado a buscar uma solução rápida, fácil e indolor. Isaque queria fugir da crise, não enfrentá-la. E mais fácil andar na estrada da fuga do que sobreviver no deserto. É mais fácil botar a mochila nas costas e ser um peregrino em terra estranha do que semear no deserto.
O Egito oferecia uma solução imediata, uma riqueza fácil, mas era um laço para Isaque. Deus exortou-o a recusar a imediata abundância do Egito por bênçãos invisíveis (Gn 26.3) e mais remotas (Gn 26.3,4).

É no fragor da crise que ouvimos a voz de Deus: "Não desça ao Egito".

O que fazer na hora em que você se vê encurralado pela crise?
Devemos ouvir a voz do Senhor!!! Muitas pessoas fracassam na vida exatamente porque na crise deixam de atender à voz de Deus e descem para o Egito, onde negociam seus valores absolutos, transigem com suas consciências e tapam os ouvidos para não atenderem à voz de Deus.

. O trono de Deus não enfrenta crise. Os propósitos de Deus não podem ser frustrados. As catástrofes da história não desestabilizam o governo de Deus. As tragédias humanas não fazem sucumbir os planos divinos. Os problemas que vivemos são instrumentos pedagógicos para nos aperfeiçoar em santidade, e não fatos acionados pela mão do acaso, para nos destruir.

Gerar foi o lugar que Isaque nasceu. Deus irrompe na sua história e lhe diz: "Não fuja, floresça onde você está plantado. Não corra dos problemas. Enfrente-os. Vença-os".

Deus acalmou o coração de Isaque dizendo-lhe: " Eu estou contigo. Cal­ma! Eu tomo conta da sua descendência. Seu futuro está nas minhas mãos. Calma!


Farei de você e da sua descendência uma bênção para o mundo".

Diante de tantas inquietações, tantas perguntas perturbadoras e tantos exemplos de fracasso à sua volta, somente a voz e as pro­messas de Deus podiam trazer alento para Isaque. Parece que todas as vozes da terra anunciavam a falência dos sonhos. Isaque precisava alimentar-se das promessas de Deus, precisava beber o leite genuíno da verdade que jorra dos mananciais de Deus. Quais fo­ram as promessas que como ribeiros regaram a alma desse peregrino?


1. Uma presença consoladora

Deus diz a Isaque: " Permaneça nesta ter­ra e eu estarei com você" (Gn 26.3). Quando a crise bate à porta da nossa vida, a primeira coisa que perdemos é a consciência da pre­sença de Deus. Quando somos encurralados por circunstâncias adversas, tendemos a achar que Deus nos desamparou. Por isso, a primeira palavra de encorajamento que Deus dá a Isaque é a garantia da sua presença com ele. É a pre­sença de Deus que nos dá a vitória. São a coluna de nuvem durante o dia, e a coluna de fogo à noite, que inibem e neutralizam o poder do adversário contra nós.

O segredo da vitória na crise é peregri­nar na terra em obediência a Deus. Andar sob a direção do céu é caminhar seguro. Es­tar no centro da vontade de Deus é triunfar nas horas de incertezas. O lugar mais seguro para estar, ainda que em perigo, é no centro da vontade de Deus. O lugar mais seguro fora do centro da vontade de Deus é terreno es­corregadio. Quando o Senhor caminha conosco, sempre chegamos ao porto deseja­do.


2. Uma bênção especial

O deserto é um problema para nós, não para Deus. A crise pode desestabilizar os go­vernos da terra, mas não o trono do Senhor. O deserto pode ser o palco da prosperidade porque Deus transforma desertos em poma­res. Ele faz arrebentar rios no ermo. Faz bro­tar água da rocha e o deserto florescer. Ele converte os nossos vales áridos em mananci­ais, as nossas tragédias em degraus, para su­birmos a alturas mais elevadas. A bênção pro­metida a Isaque não foi algo vago, difuso, inverificável, podia ser medida, calculada, aferida.

Primeiro Deus prometeu a ele e à sua descendência a posse de todas aquelas ter­ras. Isaque deixaria de ser um peregrino para ser o donatário. Cabia-lhe generosa heran­ça. Deus empenhou a sua palavra em cumprimento à aliança feita com Abraão, seu pai.

Que sejamos acalmados assim como Isaque, firmados na verdade de que Deus é fiel para cumprir o que prome­te. Nenhuma de suas palavras cai por terra. Aquela terra mais tarde precisou ser conquis­tada palmo a palmo. Gigantes tiveram de ser desalojados. A terra prometida a Isaque é um símbolo da Canaã celestial. Devemos perseverar, permanecer nos lugares onde Deus nos tem plantado para tambem conquistarmos aquilo que o Senhor tem para nós.

"Não fuja, floresça onde você está plantado. Não corra dos problemas. Enfrente-os. Vença-os".

Buscando ao Senhor que não nos deixa fugir diante das crises...

Juliana

(Inspirado/ extraido do Livro: Prosperando no deserto / Hernandes Dias Lopes.)

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