Isaías 51: 2 – Olhai para
Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz; porque, sendo ele um só, o
chamei, e o abençoei e o multipliquei.
É imensurável a quantidade
de lições contidas na vida de Abraão. Justamente por esta realidade é que Deus
nos direciona a atentar, olhar para Ele.
Neste próprio verso temos
algo que nos conduz ao título da palavra: Chamado, benção e multiplicação.
Não ousaria estabelecer uma
regra, mas não podemos ignorar uma ordem de fatores expressa no texto: O
chamado, em seguida a benção, e depois a multiplicação.
Entedemos o chamado como o
destino, o propósito de Deus para Abraão. Percebemos que Deus primeiro o chamou
para um propósito, e após a reação, a resposta de Abraão ao chamado, Deus ordenou
a Sua benção. Uma das definições que temos acerca de benção, é que trata-se de
uma autorização para prosperar. No contexto, entendemos que após ouvir e
responder ao chamado de Deus, ele foi autorizado pelo próprio Senhor a
prosperar na caminhada, no propósito, e a benção proporcionou a multiplicação,
o crescimento, em todas as áreas da vida deste amigo de Deus!
Podemos não conhecer muitos
detalhes do propósito de Deus quando Ele nos chama, mas podemos contar com Sua
benção se Ele nos chamou. Podemos descansar sabendo que Ele mesmo chama,
abençoa e multiplica, ainda que sejamos apenas um.
Estar convicto e responder
ao chamado, ter a benção e experimentar a multiplicação não nos isenta das
dificuldades da vida. O propóito de Deus não se cumpre sem resistências, sempre
haverá oposição aos planos do Senhor. Até mesmo Jesus, desde o seu nascimento,
enfrentou oposição, e muito mais nós, discípulos seus, iremos enfrentar.
Como a palavra nos direciona
a olhar para Abraão, verificaremos algumas dificuldades que ele enfrenteou em
seu percurso. Entre chamado, benção e multiplicação, Abraão experimentou
resistência, impossibilidades e diversas dificuldades. Vejamos algumas delas:
·
Medo:
Abraão estava com medo. Deus
não diria “não tenha medo” se este sentimento não estivesse no coração dele.
Sabemos que o medo paralisa as pessoas, e iria impedir Abraão de chegar ao
lugar que o Senhor havia prometido a ele, deixaria de cumprir o propósito.
Abraão poderia estar
experimentando dois medos:
O primeiro era acerca de sua
segurança física. O verso começa dizendo: “depois dessas coisas”. Que coisas
eram essas? Guarras! Durante a guerra de diversos reis, descrita no capítulo
14, Ló é levado cativo e seus bens são tomados por eles. Abraão, ao saber da
situação de Ló, partiu para resgatá-lo e recuperar seus bens. Apesar de sair
ileso e vitorioso, a batalha provavelmente assustou e alertou Abraão acerca das
situações a que eles estavam expostos longe de Ur.
O segundo, fruto do
primeiro, seria sobre o questionamento de não lucrar coisa alguma em sua
jornada.
Percebemos que Deus diz que era seu escudo, e depois, sua recompensa, seu galardão. Podemos supor que Abraão começava a questionar se toda trajetoria valia os riscos que ele e sua família estavam correndo. Pelo que lemos, até alí, Abraão não estava reconhecendo nenhuma evidência de que estava sendo compensado
( recebendo pagamento devido) por sua resposta ao chamado do Senhor. O amigo de Deus enfrentava o medo de não ter valido a pena deixar sua terra, seus parentes, rumo ao desconhecido.
Percebemos que Deus diz que era seu escudo, e depois, sua recompensa, seu galardão. Podemos supor que Abraão começava a questionar se toda trajetoria valia os riscos que ele e sua família estavam correndo. Pelo que lemos, até alí, Abraão não estava reconhecendo nenhuma evidência de que estava sendo compensado
( recebendo pagamento devido) por sua resposta ao chamado do Senhor. O amigo de Deus enfrentava o medo de não ter valido a pena deixar sua terra, seus parentes, rumo ao desconhecido.
·
Frustração:
A frustração de Abraão fica
claramente exposta! Abraão não queria apenas se ver livre do medo, ou ouvir
sobre sua recompensa, ele desejava o cumprimento da promessa, queria a
multiplicação! Para Abraão o mais importante era o filho, era a promessa.
Abraão expressa sua frustração, e a solução, caso Deus não lhe desse o filho:
faria de seu mordomo seu herdeiro, resolveria da maneira dele.
Abraão estava prestes a
praticar uma das especialidades do homem: agir em sua própria força ou
entendimento!
Como todo ser humano, ele estava pronto a resolver, prover ou eleger seu próprio herdeiro. Ele estava decidido a banir a frustração de seu coração por meio de Eliézer, pensando talvez que essa também fosse a alternativa do Senhor.
Como todo ser humano, ele estava pronto a resolver, prover ou eleger seu próprio herdeiro. Ele estava decidido a banir a frustração de seu coração por meio de Eliézer, pensando talvez que essa também fosse a alternativa do Senhor.
Porém, no verso 4, mais uma
vez, Deus alinha o coração de Abraão especificando que seu herdeiro sairia de
suas entranhas! No verso 5, ainda mostra algo pelo qual poderia ser comparada a
multiplicação que Deus daria a sua descendência.
Sempre quando perdemos o
foco, Deus nos chama para onde possamos ter visão do propósito reajustada, e
antes mesmo de nos dar visão do que será, deixa claro aquilo que não será,
desfazendo as visões mentirosas ou enganosas que as circunstâncias tentam nos
vender!
·
Convicções Abaladas:
Mais uma vez Deus atingi o
ponto de crise do coração de Abraão: Convicções Abaladas! O Senhor deixa claro
que Ele mesmo havia tirado Abraão de Ur, e que também lhe daria a terra que
fora prometida a ele. Ainda que as palavras não saiam de nossos lábios, Deus é
conhecedor de cada uma delas. Assim, colocou um ponto final no que cercava o coração de Abraão: Ter saído e não sido tirado de Ur! Deus
fortalece a convicção do chamado no coração de Abraão, e porque Deus o havia
tirado, o chamado de Ur, ele poderia estar seguro de sua benção e
multiplicação, esperar por sua herança!
Conclusão:
É bastante comum
experimentarmos desafios na caminhada com Deus! Uma das certezas que temos, é
que obedecê-LO implicará resistências, dificuldades e adversidades imensas. Sabemos
que quando respondemos ao chamado de Deus, temos a benção e a multiplicação,
mas ainda assim, enfrentaremos os medos, as frustrações, e teremos muitas
convicções abaladas.
Quando o medo tenta nos
paralisar, devemos lançar mão do amor de Deus, que remove, lança para longe de
nós todo medo! Em meio as frustrações, podemos nos deleitar no Senhor, sabendo
que Ele mesmo satisfaz os desejos de nossos coraçãos conforme Seus pensamentos,
mais altos que os nossos! E diante das nossas convicções, muitas vezes
esmorecidas, podemos nos firmar sobre a palavra de Deus, sobre o próprio
Senhor, pois quando não existir luz alguma, não soubermos onde estamos ou para
onde vamos, devemos nos firmar sobre Ele. Nossas convicções podem ser abaladas,
mas a fidelidade do Senhor jamais se abalará!
Somos chamados para um novo
tempo, e o novo, o desconhecido, sempre é assustador, desconfortável. Devemos
confiar e entregar nosso caminho ao Senhor, para que conforme Sua palavra, faça
todas as coisas, nos conduza ao novo tempo que tem reservado para nós! Podemos
não conhecer o novo, mas conhecemos Aquele que nos chama!
Podemos
nos alegrar pela lembrança de que quando Deus chama, ele mesmo abençoa e
multiplica!
Muito boa esta palavra Juliana, me tocou profundamente, que Deus continue te inspirando e te revelando coisas preciosas. Só uma sugestão, seria melhor se você trocasse as cores do fundo do texto, algumas partes ficam meio misturadas pra ler, hehe Já estou seguindo teu blog. Abraçao e paz!
ResponderExcluirAmém Robson,tudo que desejo é conhecer e prosseguir em conhecer o nosso Deus! Obrigada pela dica... Vou providenciar as mudanças! Deus abençoe!
ResponderExcluirJuliana, a palavra de Deus a Abraão foi extensiva a você,te abençoarei,Sê tu uma benção! distribuindo o que Deus tem lhe outorgado. A Paz em Cristo Jesus.
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