quinta-feira, 31 de maio de 2012

FRUSTRAÇÃO X OBEDIÊNCIA


(Jeremias 29:11) "Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais." 

É maravilhoso pertencer a um Deus que tem bons pensamentos acerca das nossas vidas. Por mais assustadoras que sejam algumas realidades que enfrentamos, a VERDADE é que Deus é bom, nos ama e cuida de nós. Mas como os pensamentos de Deus são mais elevados, normalmente não entendemos os caminhos dEle para nós, e muitas vezes nos encontramos em uma guerra interior, em um dilema entre a frustração e a obediência! 

Um momento particular na vida dos discípulos nos fala muito acerca desta disputa entre a frustração e a obediência, vejamos o texto: 

João 21:1-7 

Depois disso Jesus apareceu novamente aos seus discípulos e foi assim: Estavam juntos Simão Pedro; Tomé, chamado Dídimo; Natanael, de Caná da Galiléia; os filhos de Zebedeu; e dois outros discípulos. "Vou pescar", disse-lhes Simão Pedro. E eles disseram: "Nós vamos com você". Eles foram e entraram no barco, mas naquela noite não pegaram nada. Ao amanhecer, Jesus estava na praia, mas os discípulos não o reconheceram. Ele lhes perguntou: "Filhos, vocês têm algo para comer? " "Não", responderam eles. Ele disse: "Lancem a rede do lado direito do barco e vocês encontrarão". Eles a lançaram, e não conseguiam recolher a rede, tal era a quantidade de peixes. O discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: "É o Senhor! " Simão Pedro, ouvindo-o dizer isso, vestiu a capa, pois a havia tirado, e lançou-se ao mar. 


O contexto destes acontecimentos se resume na morte, na ressurreição e no aparecimento de Jesus para os discípulos. Em todo o cenário, os discípulos já haviam experimentado todo tipo de sentimentos. Podemos supor (devido aos capítulos anteriores) que eles sentiram medo, incredulidade, insegurança, cansaço, desesperança, tristeza e até mesmo, um sentimento de abandono. Enquanto que para muitos morria um louco ou um profeta qualquer, para eles, a esperança, o mestre ou a nova perspectiva de vida é que havia morrido. 

Porém, os versos que lemos nos revela um sentimento novo. Ele agora experimentavam um momento de frustração! 

(Versos 2,3) - Depois de esperarem e nada novo ou diferente acontecer, e Jesus não mais aparecer para eles, Pedro toma uma decisão: Pescar (A velha história “ já que o Senhor não aparece ou faz alguma coisa, faço eu mesmo)! Pescar é atitude que mais indica o sentimento de frustração que eles enfrentavam. 

Depois de tantas experiências emocionantes, milagres, sinais e maravilhas que eles viveram ao lado de Jesus, agora viviam um tempo de calmaria, apatia e insignificância. A realidade deles agora era um contraste do que viveram, e eles deviam apenas esperar! E pior que esperar por alguém, é esperar alguém que morreu (embora tenha ressuscitado). Mais terrivel ainda, é esperar sem fazer absolutamente nada! 

Foi por esta razão que Pedro, juntamente com os demais, foram tomados pelo sentimento de frustração. 

Mas o que é a frustração? É o sentimento gerado em nosso coração quando algo que esperávamos não acontece! A frustração nasce quando existem grandes expectativas e elas não são correspondidas, quando um desejo, uma vontade ou sonho são interrompidos (frustrados). 

Pedro e os demais discípulos haviam depositado todas as suas expectativas em Jesus, e aparentemente, não tinha valido a pena. E por isso eles decidiram voltar ao que faziam antes de serem chamados pelo mestre. Voltaram ao que antes era sua vida, sustento, ao que era comum (o velho, o antigo). 

A decisão de Pedro e dos outros discípulos em voltar a pescar foi movida pela frustração que havia em seus corações, e a frustração nunca será um boa motivação para quem deseja bons resultados! 

A tentativa deles de resolver o que não lhes agradava só produziu mais frustração, pois a palavra diz que naquela noite eles nada apanharam em suas redes! 

Toda atitude movida por uma frustração irá gerar mais frustração ainda! 



(Verso 4.) - A presença de Jesus altera a circunstancia que vivemos mesmo que não consigamos reconhecer que é Ele que está trabalhando! 

(Verso 5.) – Jesus pergunta se havia algo para comer, e nesse momento, a pescaria, os peixes se tornam também uma necessidade de Jesus. 

Antes a pescaria era apenas uma maneira pela qual eles tentavam vencer a frustração, agora, a pescaria iria saciar a fome do filho de Deus! 

Quando existe uma fome, necessidade ou vontade em nós que visa apenas o nosso benefício, dificilmente obteremos bons resultados. Mas quando nossa vontade se une a vontade de Deus, os resultados sempre serão diferentes, e irão beneficiar nós e os que estão ao nosso redor! 

Quando Jesus chegou em cena e percebeu que existia uma necessidade, Ele mesmo deu o comando: Lancem as redes ao mar! 


(Verso 6.) – Mediante o comando, os discípulos lançaram as redes e o resulto foi de 153 grandes peixes (v.11)! O que fez a diferença entre as tentativas e alterou o resultado foi a motivação pela qual eles lançaram as redes! 

Na primeira tentativa eles foram movidos, motivados pela frustração do coração, por uma necessidade de saciar um fome ou cessar uma inquietação interior. 

Na segunda, havia um comando de Jesus, e a atitude de pescar foi movida pela obediência ao comando, e não mais pela frustração! 


O que faz a diferença nos resultados que alcançamos está em quem obedecemos! A minha motivação sempre influenciará no resultado que vou obter! 

Quando obedecemos nossa vontade, possivelmente sairemos ainda mais frustrados de qualquer tentativa de mudança. Mas quando esperamos e obedecemos um comando do Senhor, o sucesso, a vitória, a benção, os bons resultados são inevitáveis! 

Conclusão: 

Em momentos em que aparentemente nada acontece, quando parece inútil a nossa esperança, devemos perseverar em esperar no Senhor! Em meio aos anos de vida que Deus nos conceder, teremos muitos períodos em que a frustração irá bater à porta do nosso coração. Podemos até não ter como impedir que ela ganhe terreno, mas podemos impedir que ela seja o impulso das nossas atitudes ou decisões! 



Devemos colocar nossas necessidades, vontades e sonhos diante de Deus e deixar que Ele faça todas as coisas conforme a vontade e propósitos dEle. 

Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do SENHOR na terra dos viventes. Espera no SENHOR, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no SENHOR. (Salmos 27:13-14) 

Independente das situações que vivemos ou do tempo que teremos que esperar, precisamos acreditar que veremos a bondade do Senhor, que os pensamentos que Ele tem são de paz, são para que tenhamos o fim que desejamos, mas da maneira dEle! 



Quando não acreditarmos na bondade de Deus, cedemos à frustração, não esperamos o comando de lançar as redes ao mar. Mas quando confiamos, esperamos no Senhor, temos bom ânimo e Ele mesmo fortalece nosso coração para o tempo de espera! 

Quando esperarmos o momento certo de nos mover, e agirmos por obediência e não frustração, o Senhor muda a nossa sorte, pois Ele é Aquele que trabalha para os que nELe esperam! 

Que essa seja a oração e realidade do nosso coração:

Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato, acalmei e tranqüilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança. Espera no Senhor. Ponha a sua esperança no Senhor, ó Israel, desde agora e para sempre! (Salmos 131:1-3)


Em Cristo, Juliana!

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