sábado, 25 de junho de 2011

VENCENDO EM ADORAÇÃO


VENCENDO EM ADORAÇÃO AO SENHOR


Texto de abertura:

I João 2:14 - Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.

Este é um verso significativo para uma categoria de pessoas: Os Jovens!

Percebemos que existem três pontos importantes para a vida, para a identidade e caminhada do jovem no Senhor, que são:

1º A força que ele possui;
2º A palavra que está nele;
3º A vitória que ele tem sobre o maligno;



Conhecedor das lutas que, como homens e mulheres, como jovens, enfrentamos diariamente,  em sua sabedoria, em seu amor e cuidado Deus deixa algo especialmente escrito para o jovem, uma afirmação poderosa, uma certeza motivadora, e principalmente, uma esperança!

Nossa realidade como cristão hoje é semelhante ao povo de Israel no AT. Caminhamos para  conquistar tudo quanto Deus tem para nós, e como eles, encontramos resistência, perseguição, mares para serem abertos, desertos e dias maus.

Todos nós enfrentamos dificuldades, porém,  sabemos que em Cristo, Deus mesmo nos fez muito mais que vencedores!

Por que razão então, se somos mais que vencedores em Jesus, Deus teria enfatizado que os jovens são fortes e já venceram o maligno?
Creio que o Senhor conhecia a necessidade do jovem, sendo a juventude o período mais delicado da vida humana, de algo que pudesse lhe dar esperança!

Deus provavelmente quis enfatizar a força e vitória do jovem por saber que justamente nessa etapa da vida é que ele lida com as maiores investidas de satanás em desviá-lo do propósito do Senhor.


Embora a juventude seja uma fase da vida em que temos força, tempo, disposição, habilidades e oportunidades diversas, e que a própria bíblia diz que temos força e somos vitoriosos, não é raro encontrarmos jovens caídos, desanimados, enfraquecidos, enfim, vivendo o oposto daquilo que a palavra diz!

E por qual motivo? Porque a juventude nos faz pensar que nos resta ainda muito tempo, temos dificuldade de ouvir e pensamos estar sempre certos, que e o nosso jeito e a nossa maneira é sempre a melhor opção! ( Quando somos jovens desejamos mudar o mundo, mas temos muita resistência em mudar a nós mesmos! ).


Como então viver de fato na força, na vitória que Deus tem para nós, jovens?
A melhor forma para vencer é se render a Deus, vencendo em adoração ao Senhor!

Adorar a Deus nos leva a conquistar tudo quanto Ele tem reservado para nós!

Mas o que entendemos por “adoração”?
Adoração no AT, no hebraico, no original da palavra, significa serviço! Sendo assim, entre tantas definições de como adoramos ao Senhor, podemos adorá-LO, servindo!

Deuteronômio é um dos livros que diz muito sobre a caminhada do povo de Deus rumo a conquista da terra prometida!

No capitulo 12, verso 13, encontramos algo bem interessante sobre adoração, sobre oferta e sacrifício ao Senhor, vejamos:
Tenham o cuidado de não sacrificar os seus holocaustos em qualquer lugar que lhes agrade”.

Este capítulo fala sobre adoração, sobre oferecer sacrifício de maneira agradável a Deus! Diante da perspectiva do AT, entendemos que o verso nos orienta a ter o cuidado de não oferecer sacrifício, servir o Senhor somente de maneira que nos seja agradável!

Se adoração significa serviço, logo, aquele que serve torna-se um servo, e servo significa ser escravo. Sabemos que um escravo vive para cumprir e fazer aquilo que agrada o seu senhor.

Sendo assim, adoração significa estar disposto a servir ao Senhor da maneira que Ele desejar, no lugar  que Ele mesmo determinar para ser adorado!


O povo caminhava  para a uma grande conquista e precisavam aprender algumas coisas antes!
 No verso 8, Moisés diz que eles faziam somente aquilo que parecia bom aos seus próprios olhos, e quando chegassem na terra, não poderiam mais agir dessa forma!


Todos que estamos em Cristo sabemos que fomos criados para um propósito, chamados para servir ao Senhor de alguma ou diversas maneiras. Porém, estamos preparados para servir a Deus, adorá-LO de um modo que não seja agradável para nós? Ou adoramos a Deus, servimos apenas quando se trata de algo favorável, confortável e agradável para nós?


Como seremos humanos sabemos que nossa natureza carnal está sempre lutando contra o que é santo, puro e agradável ao Senhor. Como jovens, estamos sempre buscando fazer aquilo que acreditamos estar certo, aquilo que temos vontade e gostamos. Mas se desejamos viver a vitória que nos foi outorgada na palavra, na cruz do calvário, precisamos aprender a renunciar nossas vontades e fazer não somente aquilo que nos agrada, mas o que seja aceitável e agradável a Deus! 

Em Efésios 2:10 está escrito: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

A palavra de Deus diz que Ele mesmo preparou boas obras para que pudéssemos realizá-las. Mas na maioria das vezes, aquilo que é bom para Deus não parece bom aos nossos olhos.

Precisamos de coragem e disposição para buscar as boas obras que o Senhor preparou para nós.

Nem sempre aquilo que agrada ao Senhor nos agrada. Mas precisamos escolher servir em todas as coisas, por aquilo que é, ou não, agradável para nós!


Muitas vezes sonhamos com grandes propósitos, mas não temos disposição de pagar o preço.

Nosso maior exemplo de vida, Jesus, foi enviado com a missão de salvar a humanidade, veio como salvador, mas em maior parte de sua vida, viveu no anonimato, viveu naturalmente até o tempo de consumar  seu propósito!

Jesus fez uma declaração maravilhosa em João 17:4, onde Ele diz assim:

Eu te glorifiquei na terra completando a obra que me deste para fazer!

Essa afirmação de Jesus não  aconteceu depois, e sim, antes de sua crucificação. Isso nos permite entender que Jesus glorificou a Deus não apenas morrendo em nosso lugar, mas em cada detalhe de sua vida na terra.

Como homem, em sua profissão, em seu lar, com seus amigos, com os discípulos, e até com seus inimigos, Jesus viveu e fez tudo quanto tinha que ser feito glorificando ao Senhor em toda sua vida.

A vontade de Deus para Jesus não era algo agradável para Ele, mas era a obra para qual Ele foi enviado, e sendo assim, precisou cumpri-la. Ele enfrentou momentos em que teve que escolher entre a sua vontade e a vontade do Pai, mas decidiu e escolheu adorar ao Senhor deixando que a vontade do Pai fosse feita na terra, nos permitindo ser reconciliados com Deus!

As vezes, a maneira pela qual Deus deseja que sirvamos a Ele, seja aparentemente anônima e insignificante, as vezes significa a morte, renúncia, mas ainda assim, precisamos executar a sua vontade!

Precisamos buscar em Deus toda capacitação que necessitamos tanto para as grandes, como para as pequenas obras que o Senhor ja tem preparada para nós!


2 Co 3: 5 – Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus.
Não apenas por sermos jovens, mas por termos nossa natureza carnal, não podemos escolher pela vontade de Deus, por adorá-LO como Ele deseja por nossa vontade, antes, Ele mesmo é quem nos confere capacidade para isso.

Essa capacidade que temos em Deus é fruto de uma adoração de passar tempo, ter intimidade com Deus, ter tempo de oração e adquirir conhecimento da palavra!

Quando nos rendemos em adoração, em oração e buscamos a vida que procede da palavra, podemos escolher servir ao Senhor, adorá-LO e então caminharmos na vitória, na força que a bíblia diz que temos!


Dessa forma, podemos ter a alegria de fazer das palavras de Jesus nossas próprias palavras:

“Pai, eu te glorifiquei, te adorei na terra Senhor, completando cada obra que me deste para fazer”.

E assim, como jovens, podemos viver vencendo o maligno em adoração, ou seja, servindo ao Pai de uma forma que seja agradável a Ele! 


Vencendo o maligno em adoração ao Senhor, Juliana!

domingo, 5 de junho de 2011

E por falar em Feridas...

Não importa o quanto algo nos machuca, as vezes se livrar de tal coisa dói ainda mais...


Ao ler frases como esta podemos imaginar quão presos podemos estar ao que mais nos fere.Se algo nos machuca devíamos ter a facilidade de nos desprender, mas raramente acontece assim...

Além de caminhar com aquilo que faz a ferida ainda lidamos com a fragilidade  de não conseguirmos dizer adeus.

Que tipo de força nos impulsiona a permanecer acorrentados ao que rouba a vida lentamente dos nossos corpos, alma e espírito? Qual a chave que recusamos usar para abrir as portas que nos conduzem a liberdade ?

Penso que a unica força capaz de impedir que deixemos aquilo ou a pessoa que nos fere 
é também a que nos falta e nos aprisiona nesta condição, chama-se: Amor!
Permanecemos por amor nas circunstâncias mais deploráveis e ao lado das pessoas mais cruéis, por amor! Ainda que morramos um pouco mais a cada dia, permanecemos por amor!

A dor de estar longo daquilo que que nos fere é maior do que as feridas que nos tem sido feitas pelas atitudes de quem amamos, maior do que todo caos que os derredores e lugares onde estamos possam causar.

Com o tempo você se acostuma tanto com a dor que não sabe mais como viver sem ela,
então, descobre que livrar-se da dor implica em conhecer uma outra, e que tudo que é novo traz consigo uma mistura de sentimentos, realidades boas e ruins, sendo assim, tudo em você constantemente escolhe por não abandonar ou  partir para longe do que te machuca, afinal, as feridas já são familiares! 

Então seguimos a vida assim, com as feridas abertas e o coração sangrando...

Mas um dia, por uma bondade que não conhecíamos de fato, somos levados a um lugar onde descobrimos o que realmente é amor, ao lugar onde as circunstâncias não fazem diferença alguma, lugar onde houve escuridão, morte, terror, injustiças, escárnio e muitas feridas, mas que por amor, não o mesmo amor que nos faz prisioneiros porque não queremos renunciar o que nos fere, permaneceu ali sendo ferido para poder sarar.

Um amor que escolheu morrer para que pudesse alcançar seu alvo: Curar um coração ferido, salvá-lo da perdição eterna!

Este amor revelado neste lugar nos abrem o caminho para a liberdade! Não apenas do que nos machuca, das correntes que nos prendem, mas somos libertos da falsa ideia do amor!

Um lugar chamado cruz, um amor revelado pelo próprio Deus, através de Jesus...

Na cruz você contempla a escolha do filho de Deus em se ferir, em morrer em seu lugar. Neste lugar você pode sentir este amor te libertando de tudo que um dia parecia amor, de tudo que por tantos incontáveis anos te feriu, e se não fora por este acontecimento da cruz, teria te matado! Então você faz mais uma descoberta: Precisa escolher entre o que te machuca e Aquele que foi machucado, que sofreu, morreu por você!

Descobre que há uma escolha diária que fará toda diferença em seus dias: A Cruz ou as correntes de pessoas, riquezas, status, fama que nunca poderão preencher o vazio do seu coração! Todos os dias o olhar para a cruz nos lembra que há uma morte, uma entrega e uma escolha...

Uma morte que Jesus não pôde morrer, a morte de nossa vontade!
Uma entrega que Ele não poderá fazer, a do nosso coração...
E uma escolha de qual amor deixaremos conduzir nossas vidas!

Seguiremos o caminho que nos foi aberto e deixaremos que este amor onde não há medo guarde nosso coração, ou permaneceremos feridos amando e esperando pelo amor que nunca nos acrescentou alegria sem tristezas?

Por que este amor, o perfeito amor revelado na cruz lança fora todo medo?
Porque ele mesmo levou sobre si todas as feridas e dores que poderiam nos atingir um dia...
Será que podemos aceitar a dor de deixar o que nos machuca por Aquele que aceitou ser ferido em nosso lugar? Temos de fato desfrutado e deixado este amor nos fazer livres do medo, das correntes da decepção, da desesperança?

Este é o dia, o momento...
Há uma morte, uma entrega e uma escolha!
Qual será a nossa decisão?




(Juliana Sanches Grichi)

sábado, 26 de março de 2011

Quando Deus nos permite ver, mas não nos permite entrar na terra prometida!




Dt 34:4- Esta é a terra que prometi, eu te faço vê-la com os próprios olhos; porém não irás para lá.

Não consigo imaginar quão peculiar fora este momento na vida de Moisés. Não apenas o único, mas o ultimo momento, as experiências finais deste homem de Deus, que tanto já contribuíram para sermões, que já ministraram tanto em nossas vidas.

Um pouco alheios a tudo que conhecemos e já ouvimos sobre a morte de Moisés, sobre o que fez com que ele não colocasse os pés na terra prometida, fico imaginando quantos de nós somos chamados para uma experiência semelhante, em esferas diferentes, mas semelhantes.

Imagine-se sendo chamado, depois de uma tarde de árduo trabalho, depois de passar o dia resolvendo problemas e conflitos, de mediar entre patrões e funcionários, decidir, escolher por caminhos decisivos para a “empresa”, depois de um dia de extrema importância para as conquistas dos alvos, das metas, após uma vasta relação de eventos, com a maioria solucionados e na grande parte, bem sucedido, você é chamado para uma reunião, talvez, uma conversa aparentemente rotineira com o Todo-Poderoso, dono e investidor da empresa.

Prontamente você responde ao superior e coloca-se para ouví-lo, afinal, diante de um momento como este, de um passo para a consquista, são necessárias e bem-vindas novas orientações da chefia.

Porém, a conversa começa de maneira informal, logo, o nervosismo de não saber do que se trata inunda sorrateiramente seu coração, que bate aceleradamente embalado pela ansiedade do que está por vir.

E as palavras mais temidas são anunciadas:

“Bem, conquistamos as metas, todos os nossos alvos. A empresa vai muito bem, alcançamos tudo que almejamos, agora só nos resta desfrutar, porém, não estará mais conosco, acho que não há mais necessidade de seus serviços e para este grande passo e conquista, para este território e nova etapa, não contaremos mais com você! Veja, faremos isso, chegaremos alí, nos tornaremos ainda maiores, apenas veja, estes são os novos rumos, mas, não irá participar, este é o plano, mas você está fora, sinto muito!”  

Sim, com certeza não existiria mais chão para seus pés, seu coração, provavelmente teria parado de bater, e tudo, até mesmo o todo-poderoso, teria desaparecido diante dos seus olhos.

Imaginações à parte, olhe mais profundamene para situação de Moisés. Depois de toda sua trajetória liderando o povo, mediando, trabalhando para que pudessem chegar ao lugar prometido por Deus, à beira da conquista, às portas da terra, é chamado para ouvir que não entraria nela, que não participaria da conquista, para Moisés, não  haveria chegada!

Fico pensando quantas vezes passamos e como lidamos com experiências como esta. Momentos em que Deus nos permite ver, mas não nos deixa entrar na terra prometida!

Existem momentos em nossa vidas que somos colocados em uma “conversinha” com Deus. Podemos ouví-lo dizer tudo que poderiamos ser, onde chegaríamos, onde nossos dons e habilidades poderiam nos levar, toda satisfação que teríamos ao contemplar nossos sonhos realizados, Deus literalmente nos mostra onde poderíamos chegar, o que poderíamos conquistar através dos nossos sonhos, e então, nos diz: Veja, “esta é a terra”, tudo isto é para você, todo potencial que eu mesmo te dei, te levaria rumo as realizações dos sonhos mais grandiosos do seu coração, mas, tenho outros planos, veja, poderia ser assim, mas não será!

Sim, acontece todos os dias com alguém! Assim como Moisés, sentamos na sala de Deus e ouvimos as duras palavras: Veja, está é a terra que prometi, mas você não entrará nela!

Então, estamos diante de um Deus cujo prazer é nos fazer sofrer ou viver frustrados pelo resto de nossa vidas por nos dar a visão de onde poderíamos chegar e revelar que Ele mesmo não nos permitirá alcançar estes lugares?

Não! Esta uma das maneiras como podemos reagir diante de um momento como este, mas temos uma outra alternativa: Podemos compreender que Deus, de quem os pensamentos são mais altos que os nossos, sabe exatamente onde quer nos levar, e no fim, tudo acaba onde Deus gostaria que estivesse, porque sua vontade perfeita é apenas uma!

Temos que escolher entre: acretidar que “morrer” pode ser melhor que entrar na terra prometida, ou ficar amargurados com Deus, vivendo desgastados e desmotivados porque não entramos na terra.

Moisés não teve a oportunidades de um novo caminho, aquele era o fim da jornada para ele, mas isso não queria dizer que não era o melhor! Ele estaria fora da terra prometida, mas entraria pelas portas da eternidade!

Diante de nossas mortes para as promessas, temos sonhos que Deus nos direciona, a morte dos sonhos devem acontercer muitas vezes, para que os sonhos e propósitos de Deus floresçam em nosso coração!

Por mais nobres e grandiosos que sejam nossos sonhos, não se comparam com os sonhos e pensamentos que o Senhor tem para nós! Por mais belos que sejam os caminhos que escolhemos, os caminhos do Senhor são infinitamente mais altos, e tanto os caminhos como os pensamentos de Deus são para nos fazer chegar ao fim que desejamos!

Na verdade, mudam-se os planos, os sonhos  e até os caminhos, mas sempre chegamos ao fim que desejamos e que estão em conformidade com a perfeita vontade do Pai!

Algumas coisas as vezes precisam morrer para que outras possam florescer!

A vinda do Espírito Santo, talvez a promessa mais valiosa para os cristãos, só aconteceu porque Jesus escolheu morrer. Ele mesmo disse: Se eu não for, o consolador não virá! (João 16:6-7).
Jesus contemplou a tristeza no coração dos discípulos pela separação que sua morte traria, mas fez com que eles compreendessem que a morte iria gerar conquistas e comunhão eternas!

Creia que muitos dos sonhos, muitas das situações em que não há mais vida ou esperança, são justamente componentes de uma transição para aquilo que é eterno e infinitamente melhor!

Deus não mata os nossos sonhos ou nos tirá a vida, mas nos oferece a vida e os sonhos que Ele planejou para nós! Ele não nos permite ver a terra prometida e não conquistá-la para amargurar nosso coração, o Senhor faz isso para que saibamos depois, que verdadeiramente o que Ele tinha era mesmo incomparavelmente melhor!

Crendo que muitas coisas precisam morrer para que outras floresçam...

Juliana

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

RESGATADOS DE ÁGUAS PROFUNDAS


"Das alturas estendeu a mão e me segurou; tirou-me de águas profundas.
Livrou-me do meu inimigo poderoso, dos meus adversários, que eram fortes demais para mim.
Eles me atacaram no dia da minha calamidade, mas o Senhor foi o meu amparo.
Deu-me ampla liberdade; livrou-me, pois me quer bem”. (2 Sm 22: 17-20)


“Pois quem é Deus além do Senhor? E quem é Rocha senão o nosso Deus?
É Deus quem me reveste de força e torna perfeito o meu caminho.
Ele me faz correr veloz como a gazela e me firma os passos nos lugares altos.
É ele que treina as minhas mãos para a batalha, e assim os meus braços vergam o arco de bronze.
Tu me dás o teu escudo de livramento; a tua ajuda me fez forte.
Alargas sob mim o meu caminho, para que os meus tornozelos não se torçam”. (2 Sm 22:32-37)


Estamos diante de um dos capítulos da bíblia que deviam ser uma oração, uma súplica do nosso coração, no mínimo, de tempos em tempos, mas para compreender minha conclusão, quero encorajá-lo a fazer a leitura na íntegra, alcançando sua própria experiência e convicção diante da palavra do Senhor.

Oro e peço também que antes de prosseguir na leitura daquilo em que fui movida e ministrada diante desta porção da bíblia, você possa realmente se expor a leitura de II Samuel 22, deixando-se mover pela palavra. Será muito relevante!


“Resgatados de Águas Profundas”


Diante da necessidade de um título, escolhi “resgatados de águas profundas”. Não seria apenas uma escolha casual, mas que pode expressar a possível realidade do momento em que o escritor desse capítulo estava.


Tudo se inicia com a perseguição de diversos inimigos e um em especial, Saul. Sendo assim, identificamos o menino que fora classificado segundo coração de Deus, Davi, como escritor ou narrador dos fatos. Cada umas das palavras que lemos compõe uma canção de Davi ao Senhor. O primeiro verso diz que “Davi cantou este cântico quando o Senhor, quando este o livrou das mãos dos diversos inimigos e de Saul”.


Depois de um tempo de terríveis perseguições, este adorador voltava a expressar sua gratidão a Deus através de sua criatividade e talento musical, mas perceba, toda “letra” do cântico de Davi, revela os sentimentos, a visão, os pensamentos conflitantes, desesperadores e dolorosos que enfrentou durante o tempo da perseguição e tantas outras dificuldades detalhadas por ele.


Os versos 2 e 3, revelam os benefícios que foram gerados por este tempo, esta fase na vida de Davi. Diante dos inimigos que o cercavam, de Saul, alguém de quem ele não esperava uma postura ou atitudes de competição, inveja ou inimizade, mas, de proteção, ensino e motivação. Ele aprendeu que só Deus era tudo, por isso faz uma descrição desenfreada de quem Deus era para ele:


” O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus é a minha rocha, em que me refugio; o meu escudo e o meu poderoso salvador. Ele é a minha torre alta, o meu abrigo seguro. És o meu salvador”.


Nosso querido Davi passou por tantas situações difíceis, traições e rejeições, abandono e perseguições que sua única conclusão foi não ter outro que fosse alguma coisa senão Deus!


A canção continua declarando os períodos em que ele se via cercado por ondas de morte, aterrorizados por torrentes de destruição, envolvidos por cordas de sepultura e confrontado pelas armadilhas da morte. Muitas outras particularidades que nos fazem perceber Davi afundando em meio ao caos de tantas situações, tantos inimigos, como ele mesmo declara, eram mais forte que ele, ele estava diante de inimigos contra os quais não podia obter vitória, estava afundando em águas profundas, em limitações que não conseguia romper ou vencer, quando Deus resolve, do céu, trovejar sua voz!


Aleluia!!!

Isto fez toda diferença e transformou, dividiu este tempo que Davi vivia em dois: Antes e Depois da Voz do Senhor! (Ouvir ao Senhor faz a diferença nos momentos mais difíceis que enfrentamos, acredite, ainda que o silêncio seja também uma forma do Senhor falar, existe um momento em que diante das nossas limitações, calamidades e impossibilidades, Deus faz trovejar sua voz nos mudando de lugar ou transformando as circunstâncias).
Deus fez trovejar sua voz e estendeu sua mão, extraindo Davi da profundidade da dor, da depressão, da fraqueza, da dúvida, da rejeição, dos confrontos físicos e morais, dos enganos, da mentira, da falsa identidade, das impossibilidades, das próprias limitações! Deus deu um basta e ele foi resgatado das águas profundas.
Se você não pode imaginar o que ele enfrentava, imagine-se, ainda que em uma piscina rasa, afogando-se ou deixando que a água entre por suas narinas. É algo horrível! Agora imagina-se afundando, afogando-se em águas profundas. Atordoado pelo efeito e violência da água, desesperando-se pela morte iminente, desesperançoso por não enxergar socorro algum.


Creio que tudo que Davi enfrentou causou justamente essa sensação. Mas lá das profundezas de tantos problemas que o cercavam, ele ouviu o trovejar da voz de Deus e logo depois, sentiu suas mãos o trazendo de volta à superfície das águas.


Davi descobre que a ajuda de Deus o faz forte, que o caminho do Senhor torna perfeito o seu caminho e principalmente, Deus mesmo é quem firma os pés dele em lugares altos, longe dos afogamentos em águas profundas, das guerras e de toda turbulência terrena.


Eu não sei qual impacto tudo isso pode causar em sua vida, mas um causou grande salto na minha!


A primeira coisa que precisamos compreender: Todas as coisas que Deus permite que nos aconteçam, seja inimigos nos cercando, pessoas nos oferecendo o oposto do que gostaríamos ou agindo contrário ao que esperávamos, são para que reconheçamos a Deus como TUDO! Os inimigos, as falhas humanas e nossas próprias limitações são para tenhamos a revelação, um cântico, uma declaração de quem Deus é para nós!


Nossa visão em relação aos inimigos e “Sauls” da nossa vida muda completamente quando os recebemos como componentes essênciais para nosso crescimento. Nem sempre é o diabo, nem sempre são as pessoas confrontando, resistindo e até ferindo, na maioria das vezes, é o próprio Deus, apenas utilizando de diversos meios de lapidação. Mas as vezes imaginamos que um Deus tão Bom, não faria isso ou aquilo, e justamente por isso a biblia diz: Quem conheceu a mente do Senhor?


É claro que em relação a Davi e Saul, existiram inveja e competição, Saul tinha problemas com sua identidade, se sentia inferior e não soube aproveitar a chanca dada por Deus, e ao perceber que seu reino havia sido entregue a Davi, não recebeu isso da maneira mais pacífica e amigável.


Porém, trazendo para nós, não temos essa complexa relação com os Sauls que estão ao nosso redor.


As autoridades, as pessoas de quem geramente esperamos por direção, apoio, motivação e preteção, sejam nossos pais, amigos mais chegados, professores, patrões, líderes e pastores não estão com lanças nas mãos tentando nos acertar o tempo todo. Grande parte em que alguma de suas atitudes nos ferem, eram para acertar conosco, eram para nos impulsionar para aquilo que eles acreditam que seja o melhor para nós.


Acredite, toda autoridade é estabelecidade por Deus, Ele é quem as estabelece em nossa vida, tudo vem dEle!


Encontrar pessoas feridas por não compreender a postura de um Saul é muito comum, e se estivermos em tempo de feridas e “perseguições”do rei, o caminho mais fácil para cura é reconhecer que é Deus trabalhando em nosso caráter, tentando nos fazer subir de nível e crescer, vencer limitações antigas e habitos errados.


Abrace ainda mais forte o Saul atual! Seu pai rigoroso, seu professor, seu líder ou pastor, enfim, ninguém melhor que você para reconhecer e valorizar o Saul da sua vida!


A segunda: No momento certo ouvimos a voz do Senhor e contamos com sua mão resgatadora! Ele não falha!


Deus sempre tem um basta para tudo que tenta matar o seu propósito de vida para nós! A voz, a palavra de Deus tem o grande poder de nos mover do lugar ou situação em que estamos para o centro de sua vontade!


A parte de Deus é liberar sua palavra, a nossa, é ouví-la e obecê-la!


Deus está sempre disposto a nos resgatar da águas profundas, mas será que estamos dispostos a deixar sua mão nos arrancar das muitas águas. Somos seres que tendem a adaptar-se com muita dificuldade e mesmo que sejam mudanças benéficas, resistimos a elas. Sair das profundezas implica lidar mais uma vez com um novo ambiente. Quero abordar aqui o fato de que “quando Deus nos oferece, nos dá ampla liberdade” para abandonar o lugar, o nível em que estamos, nossa primeira reação é resistir, quase que escolhendo morrer nas águas profundas. Aceitar o confronto, as circunstâncias que resultam em mudanças e nos forçam a romper com o comodismo e conformidade é o caminho. Precisamos nos render e deixar que Deus use o que for preciso para nos levar aos “lugares altos”, a um novo nível, a mudar de plataforma, enfim, ao crescimento!


Ele nos dá ampla liberdade! Cristo já nos libertou, nos desprendeu do que nos tornava prisioneiros, ou seja, do pecado, que significa errar o alvo. Estamos livres de tudo que nos faz funcionar de maneira errada, contraria ao alvo do Pai para nós, mas ser livre, viver e desfrutar dessa ampla liberdade requer uma atitude, uma posição nossa! Precisamos de uma decisão de não mais viver da mesma maneira!


A terceira lição: Deus é quem capacita o guerreiro em meio às batalhas, é a ajuda de Deus que nos faz fortes!


O caminho da transformação, da restauração da nossa vida é estreito, é apertado e muitas vezes nos sentimos afundando nas imitações sem esperança de mudança! A bíblia diz que “estreito é o caminho que leva a salvação”. Em minha ultima experiência de confronto, este foi o verso que me deparei no desespero de ouvir a Deus quanto a minha dificuldade. Eu me vi em um caminho forçada, pressionada a ter uma atitude que me obrigava a romper com uma limitação, e com esperança de que Deus, num estalar de dedos, resolvesse meu problema, Ele me fez entender isso: O caminho que nos salvam são apertados, dolorosos e estreitos! As maneiras de sermos salvos de nossas fraquezas e limitações são aquelas que nos esmagam, que nos fazem enfrentar, vencer e quase sempre, tornar a vencer os desafios. Os caminhos da salvação são desconfortáveis, implicam renúncia de argumentações e convicções, de mentiras que compramos como verdades, de orgulho e vaidade, e principalmente da nossa vontade!


Porém, quando escolhemos por estes caminhos, estreitos e apertados, onde temos a sensação de que estamos sendo esmagados, como Davi disse com propriedade, Deus “alarga nosso caminho, para que nossos tornozelos não se torçam”.


Podemos ser pressionados, sufocados, confrontados, enfrentar privações, ter que deixar muitas coisas para trás a fim de entrar no caminho estreito e tudo mais que ele exige, mas uma certeza temos: Ele alarga nosso caminho! O que isso significa?


Nada de tornozelos torcidos, nada quebrado, nenhum prejuízo e a conquista da verdadeira compreensão do que é um caminho “largo”. O caminho estreito nos faz experimentar a ampla liberdade que só o Senhor proporciona. No caminho estreito somos livres do pecado, de nós mesmos, de hábitos e tantas coisas maléficas para o homem. Percebemos então que no estreito, quanto mais andamos em retidão e alinhados, mais usufruímos da liberdade que nos foi outorgada na cruz. Davi expressou no mesmo capítulo que Deus o levou para um lugar espaçoso porque tinha prazer em sua vida. Quando escolhemos pelo caminho estreito alegramos a Deus, somos filhos em quem Ele tem prazer, então, temos a certeza de que da mesma forma Ele tem lugares espaçosos para nós!


Gostaria de encerrar, mesmo crendo que tantas outras coisas poderíamos aprender e compartilhar, atentando para o verso 30: “Porque contigo passo pelo meio de um esquadrão; pelo meu Deus salto um muro”.


Podemos entender que em Deus podemos enfrentar as muitas águas sabendo que elas jamais poderão nos afogar, pelo fogo, sabendo que chama alguma arderá em nós, que um esquadrão, uma diversidade de dificuldades podem cercar a nossa vida, e nenhuma delas poderão nos derrotar, e o mais importante: Por mais alto que seja o muro, a barreira, a muralha diante de nós, nunca poderão nos impedir de chegar do outro lado!


Em Deus eu e você podemos saltar os muros, as limitações, as dificuldades, enfim, seja qual for o nome da muralha, ainda que visivelmente não tenhamos estatura para vencê-las, em Deus, podemos transpor todas elas!

No amor do Senhor, crendo nAquele que tem um lugar espaçoso para nós...
Juliana!





quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Tudo que Deus faz é bom!

Vivemos dias difíceis!

Olá amigos... Creio que esta não seria a frase mais simpática para iniciar um texto, mas, fujamos da hipocrisia que farta nossa geração e deixemos exposta nossa vergonha, nosso orgulho, nossos fracassos, nossos erros e tantos pontos negativos que nos recordam quão humanos somos, e o quanto precisamos da graça de um Deus que não leva em conta, mas lança no esquecimento cada atrocidade nossa ou contra nós.

Confuso? Sim!

Acredito que todos temos momentos em que sofremos a síndrome do "nada mais importa" ou ainda " não acredito em mais nada". Os dias difíceis têm o poder de roubar nossa convicção de muitas coisas, até das certezas mais fundamentadas.

Particularmente tenho tido dias difíceis, dias em que percebo o amor de muitos passando pelo "esfriamento" previsto pela palavra de Deus, e temo por perceber, muitas vezes, este esfriamento atingir meu próprio coração.
Entre a dor de contemplar corações feridos e "resfriados" e minhas próprias razões para enxergar meu coração partido, as vezes pergunto por quanto tempo Deus ainda encontrará fé ( tanto no sentido de acreditar quanto no sentido de fidelidade) na Terra... Existe um verso na Bíblia que diz: Será que o Filho homem encontrará fé na Terra?

Podemos perder a fé (deixar de acreditar ou deixar de ser fiel) em muitas coisas, mas existe algo que não muda: Deus! Quando não temos razão para acreditar nos homens, nos sistemas, no amanhã, podemos descansar ou ter o consolo de um Deus que não muda, e nos fez um discurso impressionante: "Se vós sendo maus (ele sabia bem o que havia criado) sabem dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais o Pai que está nos céus".

Pare um pouco agora! Pense quantas vezes já leu ou ouviu falar sobre isso?

Deus disse que mesmo com toda nossa natureza carnal e pecaminosa, desejamos, escolhemos e projetamos boas coisas aos nossos filhos. Por que imaginamos muitas vezes que as coisas aparentemente ruins ou falidas que estão em nossas vidas não estão dentro daquilo que Ele considera bom para nós? Será que Deus está ficando velho e não sabe mais o que fazer? Ou será que resolveu nos castigar por sermos filhos indisciplinados?

Não tenho filhos, mas nenhum dos pais que conheço procede assim com seus herdeiros. Por mais que um filho se estribe em seus conceitos e propósitos errados, um pai, por mais humano que seja, sempre está com braços abertos para socorrer e uma infinidade de planos para resolver e dar uma nova oportunidade ao tão frágil e desorientado filho perdido.

Será que podemos compreender isso? Deus, por pior que seja o cenário diante ou ao redor de nós, nunca, mas nunca mesmo nos daria algo que não fosse BOM! Pode não ser o que desejaríamos viver no momento, mas não significa que não seja bom.

Diante de tantas mudanças, dias difíceis, não temos muitas escolhas ou caminhos, apenas deixar que a certeza de que, Ele não nos dará pedra quando pedimos pão, aquiete nosso coração e nos dê a força necessária para avançar e vencer os desafios.

Seja diante de uma cidade nova, um novo emprego, uma nova escola, um novo curso, um novo tempo... Que nada tenha o poder de nos fazer esquecer que Deus é bom, por isso, Ele tem bons pensamentos para nós!

"Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?" (Mateus 7:9-11)

Tudo que Deus faz é bom! Sua nova situação, suas desilusões, o desemprego e o novo emprego, o fim de um projeto e o inicio de um novo, a partida e a chegada, tudo é bom e está colaborando para o grande dia em que a obra terminará finalmente, o dia do Senhor...

Até lá... Aceite as mudanças e não resista às intempéries que causam as transformações necessárias... No final, tudo acaba e chega onde deveria.

Nada escapa da grandeza e do amor imutável do Soberano Deus!
Lembre-se, SOBERANO, mas sempre de braços abertos para ser apenas um Pai amoroso que ama, se importa e cuida de você!


No amor do Senhor, crendo que meus dias difíceis são bons,
Juliana!



terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Conversando sobre a Fé


Olá amigos, gostaria de compartilhar uma porção do livro "Os princípios e o Poder da Visão"! 

Ver pela fé

Se estamos agindo de acordo com o que os olhos físicos enxergam, vemos problemas e desafios por toda parte. Vemos o número de contas a serem pagas; vemos que nossa empresa está ficando menos competitiva; vemos coisas que ameaçam nossa segurança. A visão dos olhos sem a visão do coração é perigosa porque não tem esperança. Muitas pessoas têm vivido apenas pelo que vêem fisicamente e este é um dos motivos por apresentarem todo tipo de problemas médicos — tensão muscular, enxaqueca, pressão alta, problemas no coração, úlceras, tumores e assim por diante. Viver somente pela vista pode matar. A vida está tão cheia de coisas depressivas que precisamos aprender a viver pela visão do coração e ver com os olhos da fé.
Lembre-se que a visão física é a habilidade de ver as coisas como são, mas visão (do coração) é a capacidade de ver as coisas como poderiam ser. Gosto de ir um passo adiante e definir visão da seguinte maneira: Visão é a habilidade de ver as coisas como deveriam ser.

VISTA SEM VISÃO É PERIGOSA PORQUE É DESPROVIDA DE ESPERANÇA.

Talvez você esteja passando por um tempo difícil neste momento e esteja desanimado. Você perdeu o foco da visão. Talvez isto tenha ocorrido por causa do ambiente em que está inserido. As vezes, o meio no qual vivemos não ajuda a fomentar visão. O que as pessoas dizem a nós nem sempre é encorajador e pode ser muito desencorajador. Tenho sido tentado a ficar desiludido desencorajado muitas vezes. Embora saibamos que as coisas desanimadoras que vemos e ouvimos sejam temporárias, elas podem nos angustiar e deprimir mesmo assim. Devemos manter nossa visão constantemente diante de nós, porque a visão do nosso coração é maior do que o nosso ambiente. Deus nos deu visão para que não precisássemos viver “pelo que vemos”.

Grande abraço, 
Juliana

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Problemas na Comunicação

Problemas na comunicação

Dificilmente encontramos alguém que nunca foi mal interpretado em sua expressão, seja ela verbalizada ou não. A maioria de nós já disse algo ou teve uma atitude cuja leitura do mundo exterior, das pessoas a nossa volta, foi exatamente contrária ao que nosso mundo interior desejava expressar.

Incompreendidos, atemorizados, julgados, culpados, machucados e possivelmente sentenciados. O que fazer após a falha e distorção, após uma pane aparentemente irreparável na tão antiga e necessária arte da comunicação?

Qual o escape quando olhamos para o trabalho, para o lar, para nossos relacionamentos e atividades sociais e enxergamos uma confusão de palavras, quando falando o mesmo idioma não compreendemos nem somos compreendidos?

É interessando como a palavra de Deus abre nossos olhos diante das circunstancias, nos fazendo enxergar sempre mais do que aquilo que é visível aos olhos e entendimento humano.

Falar de comunicação, diversidade de línguas e confusão de idiomas nos remete a Torre de Babel.

Quando ponderamos sobre Babel, podemos aprender acerca do poder da comunicação e ter duas maneiras de enxergar as construções e projetos que nem sempre terminam ou resultam na obra prima que sonhávamos.

Vamos analisar o texto:

Gênesis 11: 1-9... Naquele tempo todos os povos falavam uma língua só, todos usavam as mesmas palavras. Alguns partiram do Oriente e chegaram a uma planície em Sinar, onde ficaram morando. Um dia disseram uns aos outros: Vamos, pessoal! Vamos fazer tijolos queimados! Assim, eles tinham tijolos para construir, em vez de pedras, e usavam piche, em vez de massa de pedreiro. Aí disseram: Agora vamos construir uma cidade que tenha uma torre que chegue até o céu. Assim ficaremos famosos e não seremos espalhados pelo mundo inteiro. Então o SENHOR desceu para ver a cidade e a torre que aquela gente estava construindo. O SENHOR disse assim: Essa gente é um povo só, e todos falam uma só língua. Isso que eles estão fazendo é apenas o começo. Logo serão capazes de fazer o que quiserem. Vamos descer e atrapalhar a língua que eles falam, a fim de que um não entenda o que o outro está dizendo. Assim, o SENHOR os espalhou pelo mundo inteiro, e eles pararam de construir a cidade. A cidade recebeu o nome de Babel, pois ali o SENHOR atrapalhou a língua falada por todos os moradores da terra e dali os espalhou pelo mundo inteiro...

Entendemos que Deus, pela necessidade de impedir que o povo terminasse o que intentaram, atrapalhou a comunicação, fez com que não mais compreendessem uns aos outros, e assim, a construção foi interrompida.

É certo que a motivação errada fez com que o Senhor, em sua sabedoria, frustrasse o propósito atrapalhando a comunicação. Porém, podemos perceber um fato notório: A comunicação perfeita e alinhada torna qualquer projeto possível, e não há nada que uma mesma linguagem não possa realizar. 

O problema, é que como um grande imitador, satanás também parte deste principio para paralisar os propósitos que Deus estabelece no coração do homem.
Nosso único e astuto inimigo conhece como funciona aquilo que Cristo estabeleceu: a igreja como um corpo, interdependente.

Satanás usa exatamente a comunicação, a distorção dela para interromper propósitos e quebrar, romper relacionamentos.

Temos inúmeros exemplos de que a comunicação é um grande alvo do inimigo. Podemos ter base na reedificação dos muros de Jerusalém. Quando Neemias voltou para este propósito, entre tantas estratégias, a comunicação foi a mais utilizada para frustrar a reconstrução dos muros. Percebemos que através da comunicação direta e indireta o diabo tentou denegrir a imagem, distorcer a identidade, roubar a convicção, fazer com que um senso de incapacidade e inabilidades trouxesse desânimo, cansaço e por fim, a paralisia da obra, do propósito.

Não deveríamos nos surpreender em nossos dias com ataques declarados de satanás, onde em suas ciladas astutas, a comunicação tem sido distorcida e utilizada para causar desentendimentos, divisões, quebra de alianças, desistência de projetos e interrupção de propósitos.

São igrejas divididas, pessoas ofendidos e ressentidas, relacionamentos quebrados, divórcios, ministérios comprometidos, cristãos amargurados e frustrados, empresas falindo, entre tantos acontecimentos que poderíamos citar, todos são conseqüência de um mesmo princípio: Problemas na comunicação!

Isso tudo torna a pergunta do inicio deste texto ainda mais gritante: O que fazer diante dos destroços resultantes de uma comunicação distorcida ou afetada?

Creio que não existem formulas ou receitas. Cada individue tem suas peculiaridades e assim, cada caso é um caso bastante diferenciado. Podemos apenas crer que em meio a uma tentativa de satanás em roubar, matar e destruir, Deus traz a restituição, vida e um RECOMEÇO! 

Existem coisas que a falha na comunicação conseguiu quebrar, coisas para as quais poderá não existir possibilidade de conserto. Mas pertencemos a um Deus que faz coisas impossíveis, Ele é perito em tudo que pertence ao campo das impossibilidades, e aquilo que não pode ser consertado, Ele faz de novo. 

Creio que Deus tem movido nosso coração para termos expectativa quanto ao que Ele pode fazer em relação ao que se quebrou, aos projetos que foram frustrados, às obras que foram paralisadas, aos relacionamentos findados ou prejudicados, aos sonhos adormecidos ou mortos de nossas vidas. 

Há esperança! O Senhor nos garante em sua palavra esperança para o ferido, cura para os enfermos e doentes, alegria para os tristes, um amor que lança fora o medo, uma paz que excede todo entendimento, e muitos outros recursos sobrenaturais que precisamos para continuar, para prosseguir após Babel (confusão), após uma perda, uma destruição, uma decepção, uma frustração, após as impossibilidades!

Tudo é possível para aqueles que crêem no Deus que faz impossíveis.

É totalmente possível continuar, viver o ano que temos pela frente  certos de que diante de Babel ou qualquer outra circunstância, somos muito mais que vencedores, por que Ele nos amou!

Creia! Ainda que problemas na comunicação tenham afetado sua vida de maneira desastrosa, Deus torna em benção e faz todas as coisas contribuírem para seu próprio bem (felicidade, virtude, favor, benefício, proveito)! 

No amor do Senhor, buscando alinhar a comunicação, crendo num RECOMEÇO...
Juliana!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Casa do Ninguém - Um Lugar de Batalha Espiritual

Paz amados! Gostaria de compartilhar uma palavra muito especial que o Senhor ministrou em meu coração sobre o chamado da intercessão, porém, com realidades que se aplicam em toda a diversidade de dons e ministérios do corpo de Cristo! Deus abençoe e  boa leitura!




Casa do Ninguém - Um Lugar de Batalha Espiritual

Texto: II RS 6: 8-22
8 E o rei da Síria fazia guerra a Israel; e consultou com os seus servos dizendo: Em tal e em tal lugar estará o meu acampamento.
9 Mas o homem de Deus enviou ao rei de Israel, dizendo: Guarda-te de passares por tal lugar; porque os siros desceram ali.
10 Pelo que o rei de Israel enviou àquele lugar de que o homem de Deus lhe falara, e de que o tinha avisado, e se guardou ali, não uma nem duas vezes.
11 Então se turbou com este incidente o coração do rei da Síria, e chamou os seus servos e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel?
12 E disse um dos seus servos: Não, ó rei meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de dormir.
13 E ele disse: Vai, e vê onde ele está, para que envie, e mande trazê-lo. E fizeram-lhe saber, dizendo: Eis que está em Dotã.
14 Então enviou para lá cavalos, e carros e um grande exército, os quais vieram de noite, e cercaram a cidade.
15 E o moço do homem de Deus se levantou mui cedo, e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então o seu moço lhe disse: Ai, meu senhor! que faremos?
16 E ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.
17 E orou Eliseu, e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o SENHOR abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.
18 E, como desceram a ele, Eliseu orou ao SENHOR, e disse: Fere, peço-te, esta gente de cegueira. E feriu-a de cegueira, conforme a palavra de Eliseu.
19 Então Eliseu lhes disse: Não é este o caminho, nem é esta a cidade; segui-me, e guiar-vos-ei ao homem que buscais. E os guiou a Samaria.
20 E sucedeu que, chegando eles a Samaria, disse Eliseu: Ó SENHOR, abre a estes os olhos para que vejam. O SENHOR lhes abriu os olhos, para que vissem, e eis que estavam no meio de Samaria.
21 E, quando o rei de Israel os viu, disse a Eliseu: Feri-los-ei, feri-los-ei, meu pai?
22 Mas ele disse: Não os ferirás; feririas tu os que tomassem prisioneiros com a tua espada e com o teu arco? Põe-lhes diante pão e água, para que comam e bebam, e se vão para seu senhor.



Fazemos parte de um grupo, de uma parte invisivel do corpo de Cristo: “os Intercessores”! O trabalho do intercessor dificilmente é visto ou reconhecido, nem mesmo por aquele por quem se ora, por quem se paga um preço de oração.

O  intercessor é o aquele se une ao Senhor para ser um representante dEle na terra, que busca os segredos do coração do Senhor e com suas orações movimenta e possibilita a vontade do Pai. Porém, é também aquele que ninguém vê, o que nunca atrai a atenção, os olhares para si. Creio que este é um dos aspectos mais nobres do ministério de intercessão: “Saber que movemos a mão de Deus em favor dos homens mesmo que estes nunca saibam que existimos”.


Ainda que seja algo nobre, é também um motivo para que o intercessor guarde o coração. Por ser um trabalho raramente notado ou reconhecido, corremos o risco de cair no engano de que não tem importância, que não faz diferença alguma orar ou não orar. Estamos sujeitos a este engano porque aquele de quem procede o maior reconhecimento do nosso ministério, o diabo, é também o maior interessado em nos paralisar. O inimigo reconhece o quanto um interecessor frustra seus intentos e o quanto colobora com a vontade de Deus, por esta razão, usará de todas as ferramentas para levar o homem ou a mulher que se coloca na brecha, para a “casa do ninguém”.


A “casa do ninguém” é o lugar onde o coração do intercessor deixa que seus sentimentos e emoções sejam confundidos pelo aparente não reconhecimento daquilo que ele tem feito no reino de Deus. Lugar onde seu coração vai sendo endurecido pelos pensamentos e sentimentos de que: “Ninguém me vê”... “Ninguém valoriza o que eu faço”... “Ninguém se importa com as minhas necessidades”... “Ninguém me ama”... Uma infinidade de NINGUÉNS  que faz com que o intercessor sinta-se um ninguém, ou, um alguém sem nenhuma motivação para continuar orando, fazendo a obra de Deus.


Paramos de orar, de pagar o preço porque ninguém quer pagar o preço também, porque achamos isso ou aquilo, passamos a ver a intercessão, antes tão apreciada, como um fardo ou um lugar desfavorecido.


Precisamos compreender o que viveu o profeta Eliseu. O livramento do Senhor era constante não por causa do rei, mas por conta dele. O rei, o povo de Israel não reconheceram Eliseu, nem mesmo os benefícios que recebiam através dele, porém, o inimigo se enfureceu, reconheceu que não poderia vencer Israel se não destruísse primeiro Eliseu.  ( "Se o profeta está na posição, o rei prevalece")


Nada do que fazemos no Senhor é sem valor. Quando eu trabalho é apenas trabalho. Mas quando me coloco em oração, Deus trabalha, e isso faz toda diferença!
Se meu trabalho, meu ministério é no Senhor, ainda que não exista reconhecimento ou recompensa terrana ou humana, nunca será inútil.

1 Coríntios 15:58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.


A Batalha Espiritual na casa do ninguém

Percebemos que satanás reconhece e procura destruir um profeta, um intercessor. Ser amado e valorizado, reconhecido por aquilo que se faz, é uma necessidade de todo ser humano, porém, nem todos são aflidos com a ausência destas coisas. Mas, temos um inimigo que nos cerca continuamente, procurando nos atacar quando não esperamos, naquilo que percebe como fraqueza em nossas vidas.

No verso 14 a bíblia revela que a idéia do rei da Assíria era atacar o profeta durante a noite, e isso nos mostra que o inimigo sempre buscará vir contra nós quando estivermos dormindo, ou, quando não estivermos vigilantes, por isso, é necessário vigiar e orar sempre, nunca desfalecer.

A batalha na casa do ninguém acontece durante a noite, quando por pensar ser um ninguém, não entendemos as lutas que o diabo trava contra nós. Não somos um "ninguém", somos alguém que desperta a fúria de um inimigo cruel.

Temos que estar atentos quanto às estratégias malignas para nos cercar, e identificar quais as áreas que nós mesmos atacaríamos se fôssemos o diabo. Se as dificuldades financeiras, problemas nos relacionamentos, a falta de reconhecimento ou valorização roubam nossa alegria e motivação, estas serão circunstâncias em que o inimigo irá investir para nos derrubar.

Devemos batlhar e resistir, conquistanto o território das emoções, da mente, para que tenhamos vitória plena, sem que nada mais possa abalar nossa fé, nossa convicção do chamado de Deus para nós.


Permanecendo no Senhor para perseverar no chamado...
Juliana!