segunda-feira, 19 de novembro de 2012

CORAÇÃO PARTIDO


Existe uma expressão bastante conhecida acerca daqueles que experimentam uma decepção significativa. Costumamos dizer que "fulano" está de "coração partido" quando nos referimos a alguém está enfrentando um momento de dor, de desilusão, decepção, luto ou qualquer espécie de perda ou dano.  

Não raramente, é o nosso coração que se encontra partido. Andamos em meio aos estilhaços e nos perguntamos se algum dia nosso coração ficará inteiro novamente. Leves e momentâneas tribulações que certamente nos resultarão em algo bom na eternidade, cruéis o bastante para nos fazer desejar a eternidade mais rapidamente, mas ainda assim, momentâneas.  

Desventuras da vida: Elas acontecem! Não importa se somos cristãos ou ateus, ou ainda, sem nenhuma definição de espiritualidade, as fatalidades, os corações partidos, estão por toda parte! 

Nenhuma convicção religiosa nos priva de ter o coração partido. A diferença é que quando acreditamos e nos relacionamos com Deus, podemos contar com um milagre para deixá-lo inteiro outra vez! 

Diferente dos amigos perfeitos que procuramos, aqueles que demonstram se importar, mas sabem nos dar espaço quando precisamos ficar um pouco sozinhos, Deus ainda pode fazer aquilo que nem o melhor dos amigos terrenos poderiam: Consertar, curar e nos dar um novo coração! 

Deus é tão bom, que as vezes Ele mesmo nos coloca em situações das quais saímos com um coração estilhaçado. Ele sabe o quanto um coração partido nos torna muito melhores, conhece os benefícios de andarmos pelos pedaços daquilo que precisava mesmo ser transformado! 

Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração (Eclesiastes 7:3).


As vezes coisas boas precisam se perder para que maus hábitos possam partir e novos hábitos, escolhas e comportamentos possam surgir! 

Existe uma texto tão citado (e talvez tão incompreendido), o verso 18 do Salmo 34: "O senhor está perto de um coração quebrantado, dos que têm o espírito abatido"!  

Gostamos da ideia de ter Deus por perto, e comumente oramos: "Deus, dá-me um coração quebrantado"... Temos a doce ilusão de que um coração quebrantado expressa somente nossa dependência de Deus, o reconhecimento de Sua soberania e tudo mais que já conhecemos sobre o vocábulo. Mas esquecemos o que de fato significa quebrantar e abatido. 

Em qualquer dicionário, por mais simples que seja sua edição, nos revela que quebrantar significa cansar, quebrar, extrair a força, e ainda, domar! Abatido significa estar desanimado, humilhado, deprimido ou derrubado. Não me espanta Deus dizer que perecemos por falta de conhecimento (risos)! 

Dificilmente pensamos no quebrantamento por este prisma quando pedimos ao Senhor:"quebranta-me". Mas muitas vezes é assim que estamos: cansados, sem força, quebrados (em pedaços), subjugados ou domados pelas circunstâncias. Nos encontramos no chão (derrubados), humilhados e desanimados com tudo e com todos! 

Deus é tão bom, e justamente por Sua bondade, não nos priva de passarmos por coisas tão avassaladoras como estas. Provamos mais ainda de Sua bondade quando nosso coração está partido por resultado das nossas próprias escolhas ou decisões, e mesmo assim, Ele continua por perto, permanece junto, cuidando de nós! 

Deus aceita a culpa que silenciosamente lançamos sobre Ele, aguenta firme nossas meninices, espera o tempo que desejamos ficar sem comunicação, e o mais importante, não nos deixa ir para tão longe dEle, não nos deixa nos perder ou nos desconectar totalmente do Seu amor! 

Podemos vivenciar os momentos que partem nosso coração de duas maneiras: Com ou sem a presença de Deus, e esta escolha fará toda a diferença! 

Um coração partido pode ser inevitável, mas sempre podemos contar com Aquele que tem a habilidade suprema de transformar coisas "ruins" em boas, ou, ainda elas sejam ruins, faz com que   contribuam para nosso bem! 

Transformarei o lamento deles em júbilo; eu lhes darei consolo e alegria em vez de tristeza (Jeremias 31:13).

Embora a salvação do homem seja o maior propósito da vinda de Jesus, restaurar corações partidos também é uma das especialidades do Mestre. Deixe Ele cuidar e restaurar o seu coração!

O Espírito do Soberano Senhor está sobre mim porque o Senhor ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros (Isaías 61:1)!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A OBRA DA CRUZ

Um dos versos mais impactantes para atualidade se encontra em I Co 15:19:


"Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão".

Vivemos um tempo ditado pelo urgente, tempo em que as conquistas e o acúmulo de riquezas se tornaram a prioridade até mesmo para aqueles que compreendem a ordem de uma busca prioritária pelo reino de Deus e Sua justiça. 

Podemos ser facilmente distanciados da realidade da obra da cruz se não atentarmos para qual foi seu objetivo. É certo que na cruz, juntamente com Jesus, nos foram dadas todas as coisas. Mas muitas vezes temos priorizado as coisas e esquecido de Jesus e da dádiva mais preciosa que recebemos: a salvação! 

Quando esquecemos a supremacia da salvação, deixamos de desfrutar da alegria que temos nela, e então, um vazio começa a existir e rapidamente é preenchido pela frustração. Muitos de nós esquecemos que a obra da cruz não foi para gerar resultados terrenos, mas sim, para abrir as portas do céu! 

A cruz não foi para que pudéssemos ter uma casa própria, carro zero, um novo emprego, um casamento feliz, uma carreira bem sucedida, status ou fama, dinheiro ou tantas outras coisas terrenas e passageiras (embora tudo isso nos seja acrescentado). A obra da cruz foi para que pudéssemos ocupar o lugar que Jesus foi nos preparar ( João 14:3). 

A obra da cruz não foi por algo transitório e terreno, mas por algo celestial e permanente. E a pergunta que devemos nos fazer é: Temos esperado em Cristo somente nesta vida? 

Em II Co 3: 13-16, entendemos que deixar de olhar para aquilo que é transitório é uma das evidência da conversão genuína de uma pessoa. Nosso olhar, nosso coração, precisam focar as coisas do alto, o "véu" precisa ser removido do nosso coração, pois como sabemos, todas as saídas da vida procedem dele! 

Algo particular do apóstolo Paulo nos ajuda ainda a compreender outra realidade: Quando os nossos sentidos e todo nosso ser se rende ao Senhor, nada mais importa, somente que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne! Foi por isso que podemos encontramos os versos abaixo: 

Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo. Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal. De modo que em nós atua a morte; mas em vocês, a vida (2 Co 4:10-12). 




Somente quem morreu para si mesmo, reconhecendo que a obra da cruz requer uma resposta individual daqueles que aceitam ser crucificados com Cristo, está disposto a se entregar à morte diariamente.  Morrer e negar a si mesmo depende do quanto nos deixamos renovar no Senhor diariamente, e o renovo é determinante para não termos a visão da cruz distorcida!

Nos versos seguintes Paulo fala sobre o segredo para não desfalecer na caminhada. Vejamos:


Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia (2 Co 4:16).


Estamos desanimados? Precisamos ter o nosso "homem interior" renovado na verdade da palavra e na realidade da obra da cruz! 

Quando permanecemos alinhados com a obra da cruz e olhamos para o que é eterno, não potencializamos nossas dores, antes, classificamos os sofrimentos como uma semeadura cujos frutos colheremos na eternidade. Assim, podemos fazer uso da declaração de Paulo no verso 17:

"Pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles". 




Não potencializar as dores é o que nos possibilita fixar os olhos nas coisas que  não são visíveis, entendendo que as visíveis são temporais, mas as invisíveis são eternas! 

Ser perseguido, estar angustiado, perplexo ou abatido, e ainda assim não ser destruído só é possível para quem descobriu o lugar correto para fixar seu olhar! 

Precisamos nos voltar para cruz, despertar novamente para a simplicidade do evangelho. Conhecemos e reconhecemos a obra da cruz, mas o que precisamos é vivê-la diariamente!


Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus (Colossenses 3:1-3). 






terça-feira, 25 de setembro de 2012

DESCONFIANÇA, INCREDULIDADE E A QUEDA!

Toda humanidade sofre os efeitos da queda do primeiro homem (Adão), e isso independe de suas convicções ou crenças religiosas, até mesmo da ausência delas. 

A verdade é que pela ofensa de um homem, todos nós morremos. Adão e Eva (que se deixou enganar primeiro), se ofenderam, se magoaram com Deus. Satanás lançou a ideia de que talvez Deus não fosse tão bom, ou, que não estava realmente interessado no melhor para eles e sim, em manter Sua soberania, evitando possíveis competidores que fossem como Ele. A serpente colocou em "xeque" a bondade do Criador, e a maneira como Adão e Eva reagiram a isso, a essa ofensa que acalentaram no coração, determinou não apenas o futuro deles, mas de toda humanidade. 


Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram. (Romanos 5:12)

Ficamos perplexos ao imaginar como, mesmo desfrutando de um discipulado pessoal com o Criador, eles puderam duvidar da bondade e do amor de Deus. Mas se atentarmos mais profundamente para o nosso coração, talvez possamos encontrar a mesma desconfiança, a mesma incredulidade acerca do Senhor. Será que Ele é bom mesmo? Como pode ser se passamos por tantas situações ruins? São questionamentos que não confessamos, mas as vezes abrigamos em nosso coração. 

Da mesma forma que a serpente atuou no Éden, procura nos enganar atualmente. O processo pode ser diferente, mas a origem é a mesma. Tudo depende da reação que temos diante da tentativa de Satanás em nos fazer desconfiar ou não acreditar no amor de Deus, e também das pessoas. Não seria exagero ou heresia acreditar que todos os males que enfrentamos estão ligados a desconfiança ou incredulidade acerca do amor e da bondade de Deus. 

Podemos ver mais claramente quando analisamos os passos da queda. Vejamos o texto:

Disse a serpente à mulher: Certamente não morrerão! (Gênesis 3:4)


Depois de perguntar o que Deus havia falado, a serpente lança a semente que gerou a desconfiança no coração de Eva: "Certamente não morrerão"! Se nos colocarmos no lugar de Eva, perceberemos como foi fácil se deixar enganar. A serpente não disse que Deus mentiu, mas disse que certamente Ele não estava certo em determinar as coisas daquela maneira. O trabalho da serpente foi pequeno. Lançar uma pequena semente foi o bastante para que Eva imaginasse o resto. Quando Eva se deparou com esta afirmação, provavelmente começou a desconfiar dos motivos pelos quais Deus havia ordenado que ficassem longe da árvore do conhecimento. Eva desconfiou do caráter de Deus, das intenções do Senhor! 

Com a desconfiança instalada, o caminho estava aberto para a chegada da incredulidade e consequentemente, a rebeldia ou desobediência. O versos seguintes revelam os efeitos da afirmação da serpente:


Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal.Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também. (Gênesis 3:5,6)


Bastou uma declaração da serpente e tudo que Adão e Eva conheciam de Deus se esvaiu. Eva aceitou a ideia da serpente, desconfiou de Deus. Deixou de acreditar naquilo que Deus disse, estava incrédula quanto às consequências que Deus havia alertado. A incredulidade deu vazão para o próximo passo: a rebeldia. Eva desobedeceu ao Senhor, tomou o fruto e deu também para Adão! E assim a queda aconteceu...

Sofremos as consequências dessa queda, mas podemos também aprender com ela. Vejamos alguns pontos acerca dos quais precisamos estar alerta, fazendo uma leitura geral de Gênesis 3: 

1º -Toda queda é fruto da desconfiança e incredulidade acerca do amor, da bondade, do caráter de Deus (versos 4,5)!

2º - A rebeldia, a desobediência e a independência (afinal, Eva comeu o fruto antes de consultar Adão, agiu de maneira independente) estão intimamente ligadas à dúvida do amor, da bondade de Deus (e também da pessoas). 

3º- A rebeldia e a independência sempre procuram por aliados. Depois de desobedecer, Eva carrega Adão para seu mal caminho, quando deixou de consultar passou a coordenar o marido (verso 6).  

4º- Depois da queda, a primeira atitude de ambos foi o afastamento. Eles se esconderam quando ouviram a voz do Senhor, e com isso, entendemos que o isolamento revela o fruto da rebeldia, a separação! Após desobedecer, pecar contra Deus, "precisavam" ficar longe para não serem descobertos. 

5º- O afastamento revela que o amor foi substituído pelo medo.Toda vez que sentimos medo de Deus é porque deixamos de acreditar ou não estamos aperfeiçoados em Seu amor (verso 10).

6º- É impossível existir confissão onde há medo. A incredulidade acerca do amor resulta na incapacidade de confissão, então, começamos a culpar os outros. Adão culpou Eva, que por sua vez, culpou a serpente... (verso 12,13).


Não estamos isentos de encontrar alguns, todos ou diversos desses pontos em nossa caminhada. É triste reconhecer, mas precisamos crer e confiar na bondade de Deus que nos leva ao arrependimento para que sejamos sarados. 


É fato que Adão, Eva e a serpente arcaram com as consequências de suas ações e reações. Mas Deus, em sua misericórdia, ainda guardou Adão e Eva, e toda humanidade de se eternizarem dessa maneira: Caídos e distantes do Senhor. 


No verso 22 percebemos que Deus os tirou do jardim do Éden e reforçou a guarda ao redor da árvore da vida. Por quê? Porque a maneira como chegamos até ela e dela comemos, é maneira pela qual viveremos toda eternidade! 

Somente após o segundo Adão, Jesus Cristo, é que podemos retornar a Deus, e então, reconciliados com Ele, podemos comer da árvore da vida e desfrutar de uma eternidade ao Seu lado! Aleluia!!! 

Não duvide da bondade, do amor, do caráter Santo do Senhor! Ele é o amor, sua bondade dura para sempre e todos os nossos dias estão escritos em Seu livro. Nenhum dia mau pode ter o poder de nos fazer questionar o Deus que é sempre BOM! 

"Você pode ser enganado se confiar demais, mas viverá atormentado se não confiar o suficiente" (Frank Crane)

Deus abençoe, Juliana!

domingo, 8 de julho de 2012

ATITUDES PARA UMA VIDA BEM SUCEDIDA!


Cada um de nós almeja uma vida feliz, bem sucedida. Deus, em Sua palavra, também nos revela que os planos dEle para nós são bons, para nos fazer chegar ao que nós mesmos desejamos, porém, por caminhos mais altos, que Ele mesmo determina.

Em todas as etapas da vida, nossas atitudes serão determinantes: Colhemos aquilo que semeamos, agimos (temos uma atitude) e conforme nossa ação, a vida tem uma reação! As vezes, inexperientes em tantas áreas, não discernimos quais atitudes devemos tomar em determinados momentos, e acabamos lidando com fracassos.

Justamente por isso, precisamos estar atentos à palavra de Deus, deixar que ela seja a bússola das nossas atitudes, dos nossos caminhos! 

Sempre quando a bíblia nos dá uma direção ou enfatiza alguma atitude, é porque elas serão um fator indispensável em nossa caminhada!

Algumas orientações muito claras estão em Hb 12: 1-2, vejamos:

Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à direita do trono de Deus.

Os dois versos revelam orientações importantes, tais como:

  • Nos livrar do que nos atrapalha, e do pecado que nos envolve;
  • Correr com perseverança a carreira que nos é proposta;
  • Ter os olhos fitos em Jesus;
  • Suportar a cruz;
  • Desprezar a vergonha.

Para que as orientações ou atitudes sejam melhor compreendidas e o mais importante, praticadas, vamos analisar cada uma delas detalhadamente!


1-    Nos livrar do que atrapalha e do pecado que envolve:

Podemos compreender que algumas coisas, ainda que não seja pecado, nos atrapalham. Podem ser um grande empecilho para nós, nos impedindo de viver a vontade de Deus ou cumprir seus propósitos. Deixar aquilo que nos atrapalha pode ser muito difícil, pois não é algo necessariamente errado, mas é algo que nós mesmos deveremos discernir e decidir renunciar, lançar fora da nossa vida!

Já com o pecado que nos envolve (enlaça, é atraente, nos abraça), não temos escolha. Livramos-nos dele, ou somos dominados e mortos por ele! A bíblia diz que o aguilhão da morte é o pecado (I Co 15:56), ou seja, é pelo pecado que a morte (espiritual) nos alcança. Por isso, é impossível uma vida feliz e bem sucedida se estivermos enlaçados em pecados!


2-    Correr com perseverança a carreira proposta:

Quando se fala em corrida, se fala em treino, preparo, dedicação, disciplina, desgaste, cansaço, contusões, vitórias, derrotas e muito esforço! Correr implica muito além disso, por isso, a perseverança será necessária.

Existem momentos na vida em que não enxergaremos possibilidades de terminar a carreira que nos foi proposta. Momentos em que as derrotas tentarão nos assombrar, o desgaste nos parar, as contusões nos deixar fora da corrida, o cansaço minar nosso potencial e até as vitórias, podem tentar nos impedir de partir para conquistas maiores ainda! Por isso, se desejamos correr, teremos de correr com perseverança! Se a perseverança não estiver presente em nossa corrida e cumprimento da carreira proposta, ficaremos pela metade do caminho! 

3-    Ter os olhos fitos em Jesus:

Pedro andando sobre as águas é o maior exemplo acerca dos prejuízos resultantes do desviar os olhos de Jesus. Ele estava em seu melhor momento, andando sobre águas, fazendo o que nem outro, senão o próprio Mestre, havia feito. Sabemos, porém, que ao desviar o olhar de Jesus, atentou para a intensidade dos ventos ao seu redor, e com os olhos na tempestade e o coração atemorizado, afundou!

Podemos afundar em muitos aspectos se não mantivermos os olhos em Jesus! Em todas as áreas da nossa vida, corremos o risco de não olhar para o Senhor, e isso, às vezes revela que não temos esperado dEle o socorro que precisamos. As tempestades acontecem, é algo natural na vida de todos, mas onde fitamos os olhos irá determinar como lidaremos com ela!

Como o salmista (Sl 121), devemos elevar nossos olhos e saber que o socorro vem do Senhor, Aquele que fez o céu e a terra e pode fazer por nós muito mais de tudo aquilo que pedimos ou pensamos!


4-     Suportar a Cruz:

Percebemos que Jesus realizou muitas coisas em seu ministério, mas a consumação de sua obra foi na cruz. Se a missão de Jesus envolveu a cruz (morte, renúncia, entrega e sacrifício), devemos estar preparados para suportar a cruz em nossa caminhada!

Nosso sucesso dependerá ou estará intimamente ligado à cruz. Mais que qualquer outra coisa, a cruz é um lugar de morte. Para viver a vontade de Deus e sermos bem sucedidos, precisamos morrer para que Cristo possa viver em nós. Devemos renunciar nossas vontades para que possamos experimentar a boa, perfeita e agradável vontade do Pai!

Cada um conhece a sua cruz. Mas uma coisa é comum para todos nós:

...quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim (Mt 10:38).

Cumprir os propósitos de Deus é o fator principal para uma vida bem sucedida, mas suportar a cruz, será a atitude fundamental para que possamos completar aquilo que Deus confiou em nossas mãos!  


5-    Desprezar a afronta:

Desprezar significa rejeitar, não aceitar algo. Existem muitas maneiras de rejeitar ou não aceitar as coisas, mas a melhor definição para esta atitude de Jesus, de desprezar a afronta, é não levar em conta.

O problema da maioria das pessoas, é que ao invés de desprezar (esquecer, não registrar) as ofensas, faz um memorial, um dossiê contra seus ofensores.

Quando não desprezamos as ofensas, além de sermos pessoas com as quais ou outros estão sempre temerosos em se relacionar, estamos impedidos de receber o perdão do Senhor, que é condicional ao quanto perdoamos as pessoas (Mateus 6:14).

Desprezar a afronta é uma atitude que procede do caráter do próprio Deus. A palavra diz que Ele lança as nossas ofensas (pecados) no mar do esquecimento, e para o mesmo lugar que devemos lançar a ofensa direcionada a nós.

O mais importante, é que quando desprezamos a afronta, rejeitamos apenas a ofensa e não o ofensor, e isso nos permite preservar não apenas o relacionamento com as pessoas, mas com o próprio Deus!



Conclusão:

Muitas pessoas têm acesso ao conhecimento, às orientações e caminhos que nos permitem ser bem sucedidos.  Porém, poucos conseguem ter sucesso ou caminhar em vitória, e o que separa os bem sucedidos dos fracassados, são as atitudes. A atitude primordial é a prática daquilo que aprendemos!

"Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Mateus 7:24

Uma vida bem sucedida é semelhante à edificação de uma casa na rocha. Podem vir os ventos, combates e tempestades, mas nada poderá derribá-la. E esta edificação em terreno sólido, é a pratica da Palavra de Deus! Os mandamentos, princípios e verdades nos possibilitam um caminho de vitória, mas nossas vitórias estarão relacionadas ao quanto da palavra iremos praticar!


Buscando viver firmada na Rocha, Juliana!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A PERFEITA VONTADE DE DEUS


Todos nós já ouvimos falar acerca do principe encantado ou da Cinderela. O homem ou a mulher ideal, o relacionamento perfeito, o mito do “felizes para sempre”. Mas sabemos que na realidade as coisas são bem diferentes.

A verdade é que nunca reconheceremos aquilo que Deus tem para nós enquanto estivermos procurando aquilo que desejamos, ou, o que pensamos desejar.

As vezes idealizamos algo durante toda nossa vida, e um dia descobrimos que aquilo que sonhamos e por tanto tempo esperamos, não era o que realmente desejávamos! Precisamos encarar a realidade:

O par perfeito, o principe (ou princesa) do cavalo branco não existem, mas existe a PERFEITA vontade de Deus!

O plano de Deus para nós não é que possamos encontrar uma pessoa perfeita (porque nem mesmo nós somos perfeitos), mas que possamos encontrar, nos satisfazer e sermos plenos em sua “perfeita vontade”(e isso não significa uma vida fasccinante, só de alegrias e bons momentos)!


Precisamos renunciar todos os conceitos que temos quanto ao nosso futuro familiar para que estejamos abertos ao que o Senhor deseja nos dar (ou, abertos à renúncia do nosso direito de nos casar).

A vontade perfeita de Deus pode não necessariamente ser uma pessoa, mas sim, o tipo de relacionamento, a vida conjugal que iremos desfrutar!


Mas como vencer o mito do principe do cavalo branco e reconhecer a vontade perfeita de Deus? Renunciando toda fantasia, toda imagem que criamos da pessoa “perfeita” para nós!


Mas se os príncipes e princesas não existem, quais características devemos buscar em uma pessoa, para que juntamente com ela possamos viver a vontade do Senhor?

Antes de analisarmos características que devemos buscar nas pessoas com quem desejamos viver o resto de nossas vidas, vamos conhecer um pouco mais de uma casal que viveu a perfeita vontade de Deus: José e Maria!

José e Maria. Solteiros, porém, comprometidos um com o outro! Enquanto solteiros, devida às circunstancias que a bíblia nos relata, cuidavam em agradar ao Senhor, e muito provavelmente, por esta razão foram escolhidos para serem pais do Filho de Deus!

Deus não procurou unir pessoas pefeitas, mas unir propósitos! Ambos possuiam características pelas quais Deus resolveu lhes confiar a vida, o cuidado, a educação de Jesus.

Por maiores que foram as dificuldades que José e Maria enfrentaram devido a tutela de Jesus, permaneceram firmes e juntos, cumprindo e vivendo a perfeita vontade de Deus!

Pelas características particulares de cada um, o Senhor os uniu para um propósito maior!


E quais são as características mais marcantes deste homem e desta mulher escolhidos para uma missão tão honrosa?

Temor a Deus e Caráter!


Vamos analisar cada uma destas características especificamente:

O Temor ao Senhor:

Esta alvez seja a pricipal característica que devemos encontrar na pessoa com quem decidimos viver uma vida inteira. Primeiro, porque nos livrará de viver em jugo desigual (estar com um descrente, pessoa que não considera ou acredita em Deus - II Coríntios 6:14-16). Segundo, porque a recompensa do temor é riqueza, a honra e a vida (Pv 22:4).

O Salmo 112 também descreve diversos benefícios de temer ao Senhor, mas precisamos entender o que é temer a Deus de fato.

Temer a Deus não é ter medo dEle, mas reconhecer que existe um Deus único, verdadeiro, Criador e Senhor absoluto sobre todo o universo. É ter a consciencia de que a nossa vida e tudo quanto existe dependem daquele que vive e reina para sempre. Temer a Deus implica confiança absoluta nELe e em Seu amor.

Aquele que teme ao Senhor é sábio (Pv 9:10), piedoso, honesto, verdadeiro, amoroso, generoso, justo, misericorsdioso e evita o mal ( Pv 16:6)!

O temor do Senhor é algo que precisa ser real e notório na vida de alguém com quem desejamos compartilhar nossa jornada pelos resto dos nossos dias!


Caráter:

Caráter fala de características. É um conjunto de hábitos adquiridos ou desenvolvidos ao longo do tempo que define quem "é" a pessoa.

Podemos comparar o caráter ao alicerce ou fundação de um prédio que, depois de construído ninguém enxerga, mas é a base de sustentação, é a segurança da construção.

O caráter de uma pessoa, portanto, não apenas define quem ela é, mas também descreve seu estado moral e distingue das demais de seu grupo (Pv 11.17; 12.2; 14.14; 20.27)

Um caráter íntegro implica ser correto em todas as atitudes. Ninguém acerta sempre, mas aquele cujo caráter é integro, sempre agirá buscando acertar!

"Nosso caráter é um presságio de nosso destino, e quanto maior a integridade que temos e mantemos, mais fácil e nobre este destino tem probabilidade de ser." (George Santayana)

O caráter determina então, os caminhos que uma pessoa irá percorrer. A bíblia diz que o homem perverso não tem caráter e anda de uma lado para o outro, fazendo coisas erradas (Pv 6:12).

Mas como o caráter se manifesta?

De quatro formas diferentes:

Através dos valores - o código de valores que cada pessoa escolhe como bússola orientadora da sua vida moral determina a qualidade do seucaráter.
Através das motivações - mais importante do que aquilo que o homem faz é o "motivo"por trás das suas ações.
Através das atitudes - o caráter dá a direção para as nossas atitudes, sejam elas positivas ou negativas.
Ações demonstradas - as ações revelam quem somos. Não é possível separar caráter das ações de uma pessoa.

Conclusão:

Frequentemente, os jovens escolhem seus namorados na base da aparência física. Rapazes querem namorar mulheres com corpo bem feito e feições atraentes. As moças querem namorar homens com corpo forte e feições elegantes. Infelizmente, a atração física não é uma garantia de que um jovem será um bom esposo ou de que uma moça venha a ser uma boa esposa.

Não é errado, certamente, ser-se atraído pela beleza física, mas o bom caráter é o que dá a felicidade no casamento!

Devemos desistir de toda ilusão acerca dos relacionamentos e buscar a vontade de Deus para nós, crendo que muito mais que satisfazer os desejos do nosso coração, Ele deseja estabelecer um propósito maior nos proporcionando um namoro, um noivado e um casamento alicerçados nEle!

A vida que vivemos deve ser vivida para Deus, inclusive nosso namoro, noivado e casamento. A nossa união com outra pessoa não deve ser para agradar apenas a nós mesmos, mas para cumprir um propósito maior por meio desta união! Muito mais que unir pessoas, Deus deseja unir propósitos!

Entregue seu direito de encontrar alguém ao Senhor, todo seu caminho a Ele. Deixe que Deus mesmo faça todas as coisas! (Salmo 37:5)! 

Desejando a perfeita vontade de Deus, Juliana!



quinta-feira, 31 de maio de 2012

FRUSTRAÇÃO X OBEDIÊNCIA


(Jeremias 29:11) "Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais." 

É maravilhoso pertencer a um Deus que tem bons pensamentos acerca das nossas vidas. Por mais assustadoras que sejam algumas realidades que enfrentamos, a VERDADE é que Deus é bom, nos ama e cuida de nós. Mas como os pensamentos de Deus são mais elevados, normalmente não entendemos os caminhos dEle para nós, e muitas vezes nos encontramos em uma guerra interior, em um dilema entre a frustração e a obediência! 

Um momento particular na vida dos discípulos nos fala muito acerca desta disputa entre a frustração e a obediência, vejamos o texto: 

João 21:1-7 

Depois disso Jesus apareceu novamente aos seus discípulos e foi assim: Estavam juntos Simão Pedro; Tomé, chamado Dídimo; Natanael, de Caná da Galiléia; os filhos de Zebedeu; e dois outros discípulos. "Vou pescar", disse-lhes Simão Pedro. E eles disseram: "Nós vamos com você". Eles foram e entraram no barco, mas naquela noite não pegaram nada. Ao amanhecer, Jesus estava na praia, mas os discípulos não o reconheceram. Ele lhes perguntou: "Filhos, vocês têm algo para comer? " "Não", responderam eles. Ele disse: "Lancem a rede do lado direito do barco e vocês encontrarão". Eles a lançaram, e não conseguiam recolher a rede, tal era a quantidade de peixes. O discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: "É o Senhor! " Simão Pedro, ouvindo-o dizer isso, vestiu a capa, pois a havia tirado, e lançou-se ao mar. 


O contexto destes acontecimentos se resume na morte, na ressurreição e no aparecimento de Jesus para os discípulos. Em todo o cenário, os discípulos já haviam experimentado todo tipo de sentimentos. Podemos supor (devido aos capítulos anteriores) que eles sentiram medo, incredulidade, insegurança, cansaço, desesperança, tristeza e até mesmo, um sentimento de abandono. Enquanto que para muitos morria um louco ou um profeta qualquer, para eles, a esperança, o mestre ou a nova perspectiva de vida é que havia morrido. 

Porém, os versos que lemos nos revela um sentimento novo. Ele agora experimentavam um momento de frustração! 

(Versos 2,3) - Depois de esperarem e nada novo ou diferente acontecer, e Jesus não mais aparecer para eles, Pedro toma uma decisão: Pescar (A velha história “ já que o Senhor não aparece ou faz alguma coisa, faço eu mesmo)! Pescar é atitude que mais indica o sentimento de frustração que eles enfrentavam. 

Depois de tantas experiências emocionantes, milagres, sinais e maravilhas que eles viveram ao lado de Jesus, agora viviam um tempo de calmaria, apatia e insignificância. A realidade deles agora era um contraste do que viveram, e eles deviam apenas esperar! E pior que esperar por alguém, é esperar alguém que morreu (embora tenha ressuscitado). Mais terrivel ainda, é esperar sem fazer absolutamente nada! 

Foi por esta razão que Pedro, juntamente com os demais, foram tomados pelo sentimento de frustração. 

Mas o que é a frustração? É o sentimento gerado em nosso coração quando algo que esperávamos não acontece! A frustração nasce quando existem grandes expectativas e elas não são correspondidas, quando um desejo, uma vontade ou sonho são interrompidos (frustrados). 

Pedro e os demais discípulos haviam depositado todas as suas expectativas em Jesus, e aparentemente, não tinha valido a pena. E por isso eles decidiram voltar ao que faziam antes de serem chamados pelo mestre. Voltaram ao que antes era sua vida, sustento, ao que era comum (o velho, o antigo). 

A decisão de Pedro e dos outros discípulos em voltar a pescar foi movida pela frustração que havia em seus corações, e a frustração nunca será um boa motivação para quem deseja bons resultados! 

A tentativa deles de resolver o que não lhes agradava só produziu mais frustração, pois a palavra diz que naquela noite eles nada apanharam em suas redes! 

Toda atitude movida por uma frustração irá gerar mais frustração ainda! 



(Verso 4.) - A presença de Jesus altera a circunstancia que vivemos mesmo que não consigamos reconhecer que é Ele que está trabalhando! 

(Verso 5.) – Jesus pergunta se havia algo para comer, e nesse momento, a pescaria, os peixes se tornam também uma necessidade de Jesus. 

Antes a pescaria era apenas uma maneira pela qual eles tentavam vencer a frustração, agora, a pescaria iria saciar a fome do filho de Deus! 

Quando existe uma fome, necessidade ou vontade em nós que visa apenas o nosso benefício, dificilmente obteremos bons resultados. Mas quando nossa vontade se une a vontade de Deus, os resultados sempre serão diferentes, e irão beneficiar nós e os que estão ao nosso redor! 

Quando Jesus chegou em cena e percebeu que existia uma necessidade, Ele mesmo deu o comando: Lancem as redes ao mar! 


(Verso 6.) – Mediante o comando, os discípulos lançaram as redes e o resulto foi de 153 grandes peixes (v.11)! O que fez a diferença entre as tentativas e alterou o resultado foi a motivação pela qual eles lançaram as redes! 

Na primeira tentativa eles foram movidos, motivados pela frustração do coração, por uma necessidade de saciar um fome ou cessar uma inquietação interior. 

Na segunda, havia um comando de Jesus, e a atitude de pescar foi movida pela obediência ao comando, e não mais pela frustração! 


O que faz a diferença nos resultados que alcançamos está em quem obedecemos! A minha motivação sempre influenciará no resultado que vou obter! 

Quando obedecemos nossa vontade, possivelmente sairemos ainda mais frustrados de qualquer tentativa de mudança. Mas quando esperamos e obedecemos um comando do Senhor, o sucesso, a vitória, a benção, os bons resultados são inevitáveis! 

Conclusão: 

Em momentos em que aparentemente nada acontece, quando parece inútil a nossa esperança, devemos perseverar em esperar no Senhor! Em meio aos anos de vida que Deus nos conceder, teremos muitos períodos em que a frustração irá bater à porta do nosso coração. Podemos até não ter como impedir que ela ganhe terreno, mas podemos impedir que ela seja o impulso das nossas atitudes ou decisões! 



Devemos colocar nossas necessidades, vontades e sonhos diante de Deus e deixar que Ele faça todas as coisas conforme a vontade e propósitos dEle. 

Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do SENHOR na terra dos viventes. Espera no SENHOR, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no SENHOR. (Salmos 27:13-14) 

Independente das situações que vivemos ou do tempo que teremos que esperar, precisamos acreditar que veremos a bondade do Senhor, que os pensamentos que Ele tem são de paz, são para que tenhamos o fim que desejamos, mas da maneira dEle! 



Quando não acreditarmos na bondade de Deus, cedemos à frustração, não esperamos o comando de lançar as redes ao mar. Mas quando confiamos, esperamos no Senhor, temos bom ânimo e Ele mesmo fortalece nosso coração para o tempo de espera! 

Quando esperarmos o momento certo de nos mover, e agirmos por obediência e não frustração, o Senhor muda a nossa sorte, pois Ele é Aquele que trabalha para os que nELe esperam! 

Que essa seja a oração e realidade do nosso coração:

Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato, acalmei e tranqüilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança. Espera no Senhor. Ponha a sua esperança no Senhor, ó Israel, desde agora e para sempre! (Salmos 131:1-3)


Em Cristo, Juliana!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Rejeitando Para Não Ser Rejeitado



Existem duas maneiras, muito frequentes, pelas quais satanás tenta afastar o homem de Deus: Uma é nos convencer, devido às aflições que vivemos, que Deus não é bom. A outra é nos fazer acreditar que não somos bons o bastante para Deus e através do pecado, nos impedir de ter um relacionamento íntimo com o Senhor. 

Estamos sujeitos às aflições de um mundo caído. Jesus nos deixou avisados que teríamos aflições (João 16:33), que enfrentaríamos situações que poderiam abalar nosso ânimo (entusiasmo, coragem). O “mundo” trabalha para distorcer o caráter de Deus para a humanidade. Muitas pessoas questionam, diante das atrocidades vistas em nossos dias, onde está e o que está fazendo um “deus” tão bom, mas que nada faz para impedir tantas crueldades e injustiças na terra. Infelizmente, tal questionamento não é feito apenas por pessoas que nunca foram alcançadas pelo Evangelho, mas também por pessoas que estão dentro das igrejas, que entregaram suas vidas ao Senhor e têm seus nomes escritos no livro da vida! 

Estamos sujeitos a questionar a bondade e a fidelidade de Deus até que entendamos o propósito da Salvação que nos foi dada em Cristo. A obra do Calvário não foi algo para nos livrar das aflições desta vida, mas sim, da ira vindoura, de uma eternidade sem Deus! A realidade é que nada, nenhum sistema mundano ou maligno pode alterar o caráter de Deus, pois Ele é Bom, Santo, Justo, Fiel, Constante e Seu amor dura para sempre! 

Enquanto estivermos no mundo, lidar com as aflições é uma das certezas que temos, mas porque Jesus venceu o mundo, temos uma outra convicção: Podemos lidar com elas tendo bom ânimo! Ter bom ânimo implica encarar as situações sem perder a coragem e o entusiamo, sem deixar de contemplar a beleza da vida e muito mais, sem perder de vista o lugar que Jesus foi nos preparar, um lugar onde não haverá choro, dor , aflições ou morte (Ap 21:4). 

Quando caminhamos crendo que Aquele que nos chamou faz com que todas as coisas contribuam para o propósito dEle em nós (Rm 8:28), não nos deixamor enganar pela mentira de que Deus não é bom ou não se importa com aquilo que enfrentamos em nossas vidas! 

Quando o diabo não consegue nos separar de Deus pela ideia de que Ele não nos ama, ele trabalha para nos fazer ceder ao pecado. Sabemos que a única coisa que nos separa do Senhor e impede que Seu braço trabalhe em nosso favor é o pecado (Is 59:2). Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu único filho para se reconciliar com a humanidade (João 3:16), Jesus morreu pelos nossos pecados e desfez o que nos separava do Pai. Mas existe hoje algo que Ele não pode fazer por nós: Dizer não ao pecado! Jesus nos libertou do pecado para que fôssemos justiça de Deus (2 Co5:21), mas somos nós que devemos decidir e viver esta liberdade que nos foi dada. 

Precisamos rejeitar ao pecado para não sermos rejeitados por Deus! 


Quando cedemos ao pecado, escolhemos nos distanciar do Senhor. Quando não rejeitamos ao pecado, somos rejeitados (não aceitos, não aprovados) por Deus. É forte mas é real! Justamente pela bondade de Deus Ele nos adverte sobre as consequências do pecado. E principalmente pela separação que o pecado faz entre Deus e o homem é que o Senhor abomina as praticas pecaminosas. 

A vida do cristão deve (ou deveria) ser movida pela constante comunicação com o Pai. Refletindo sobre o principal instrumento de relacionamento com Deus, a ORAÇÃO, podemos perceber o quanto é vital rejeitar ao pecado para permanecermos em comunhão com Deus. 

Vamos ver um texto interessante sobre este aspecto: 

Se eu atendesse ao pecado no coração, o Senhor não me ouviria; mas Deus me ouviu, deu atenção à oração que lhe dirigi. Louvado seja Deus, que não rejeitou a minha oração nem afastou de mim o seu amor! (Salmos 66:18-20) 


É importante lembrar que pecado é tudo aquilo que é contrário ao propósito e vontade de Deus, é errar o alvo. O salmista compreendeu que ao atender (considerar, aceitar) o pecado em seu coração, ele não poderia ser ouvido pelo Senhor, não teria resposta em aproximar-se. Percebemos ainda que o possível afastamento não seria por falta de amor, mas pela presença do pecado! Quando o salmista decidiu não atender ao pecado, foi ouvido e recebeu a atenção que precisava do Pai, e pôde ainda ter sua convicção no amor do Senhor fortalecida: Deus não rejeitou a minha oração nem afastou de mim o seu amor! 

Satanás insiste em no fazer ceder ao pecado porque ele nos separa e impede a nossa comunicação com Deus. O diabo sabe que a oração santifica o cristão, e pela santificação, somos levados a orar mais ainda. 

Não podemos nos aproximar de Deus de qualquer maneira! Precisamos nos aproximar em santidade, sabendo que de fato temos chegado diante dEle! Não devemos ser pecadores lutando para ser santos, mas precisamos ser santos, lutando, rejeitando ao pecado! 

Quando rejeitamos ao pecado e vivemos em santidade estamos cumprindo a palavra. Santidade é algo que envolve todas as áreas de nossas vidas, pois ela deve reger todos os nossos caminhos, partindo do nosso coração. 

Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. (1 Pedro 1:15-16) 

A palavra de Deus nos instrui a guardar o nosso coração: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida". (Pv 4.23). Ela não diz para pedirmos que Deus o faça, mas é algo que nós devemos fazer. Quando não atendemos ao pecado, não o aceitamos ou permitimos que ele tome nosso coração, estamos de fato guardando o nosso coração! É nossa responsabilidade guardar o coração, e rejeitar ao pecado é uma das maneiras pelas quais podemos guardá-lo! 

Tudo depende do nosso coração. A fidelidade e infidelidade começam nele, na verdade, tudo começa no coração! A escolha de rejeitar ao pecado e viver em santidade ao Senhor começa no coração, quando em oração, adoração e leitura da palavra, somos movidos a buscar a cada dia mais viver a vontade do Criador e Senhor das nossas vidas! 


Que possamos viver de fato REJEITANDO ao pecado PARA NÃO SERMOS REJEITADOS! 


Lembre-se: 

A PERSISTÊNCIA DE SATANÁS EM IMPEDIR QUE OS CRENTES PERSEVEREM NA ORAÇÃO TEM UMA ÚNICA RAZÃO: A ORAÇÃO SANTIFICA O CRISTÃO E A SANTIFICAÇÃO NOS MOVE A ORAR AINDA MAIS!


Em Cristo, Juliana!

segunda-feira, 30 de abril de 2012

A Obediência, Uma Atitude Correta e a Cura!


Quando nos deparamos com o livro de João, capitulo nove, podemos aprender algo sobre a falta de visão, ou, uma visão errada de nós mesmos, de Deus, das pessoas e das situações que vivemos. Embora o contexto fale de uma cegueira física e de nascença, gostaria de abordar a cegueira espiritual e emocional que podemos desenvolver em meio a nossa existência.

Todo capitulo fala sobre um homem, cego de nascença, que foi encontrado por Jesus e curado por Ele, mas em meio ao relato deste acontecimento, algumas coisas podem nos mover de lugar, nos alertar quanto a nossa própria falta de visão. Vejamos: 


1- Jesus nos vê nas “cegueiras” da vida (Jo 9:1); 

Sabemos que por sua limitação, era impossível que o cego avistasse Jesus. Mesmo tendo ouvido falar de sua fama, aquele homem não tinha a condição de vê-lO e então ir em sua direção. É interessante ver no verso 1 que Jesus, enquanto passava, “viu” aquele homem. Certamente este “ver” foi muito além do que era óbvio. Jesus viu (examinou, percebeu, notou, conheceu) e não apenas olhou para aquele homem. 

Muitas vezes estamos vivendo situações em que não conseguimos mais ter uma visão alinhada, ver as coisas, as pessoas e o próprio Deus na perspectiva correta. São momentos em que nossa visão distorcida nos faz ser semelhantes a este cego de nascença, e ainda que Jesus esteja diante de nossos olhos, não conseguimos reconhecê-lO. Mas em sua bondade, Ele nos vê em nossa limitação e inicia um processo de restauração e cura muitas vezes longe do que nos parece lógico ou viável, mas que nos mudará de lugar! Jesus usou algo natural, terreno e humano: Cuspi e terra! Mas isso era o ponto de partida para o milagre na vida deste homem. 


2- Algumas coisas que nos acontecem não são juízo, consequência ou castigo, mas uma maneira para que a obra de Deus se realiza em nossas vidas (Jo 9:3); 

Quando enfrentamos uma situação como esta cegueira, uma limitação (da espécie que for) pela qual não possamos nos mover ou viver a vida em sua plenitude, nossa tendência é culpar as pessoas, Deus ou a nós mesmos. Quando Jesus viu aquele homem, os discípulos imediatamente questionaram a razão por ele se encontrar naquele estado. A resposta de Jesus foi tão esclarecedora quanto libertadora: Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele (v.3)! 

Muitas circunstancias que vivemos são frutos de escolhas, atitudes, decisões e comportamentos errados. Mas as vezes uma limitação existe apenas para que a obra de Jesus Cristo, a obra que foi consumada no Calvário, venha se manifestar em nossa existência. Algumas situações são para que nós mesmos e aqueles que estão ao nosso redor percebam e tenham a convicção de que O CALVÁRIO NÃO FOI EM VÃO! 


3- Quando recebemos um comando devemos obedecer! Quando Jesus deseja mudar o nosso estado, há uma responsabilidade, uma atitude que é nossa (Jo 9:7); 

Não temos o relato de um diálogo longo entre Jesus e o cego, mas quando Ele colocou a mistura de saliva e terra nos olhos daquele homem, ordenou que ele fosse ao tanque de Siloé e lavasse os olhos. Percebemos que havia algo entre a cegueira e cura daquele cego: a obediência e sujeição! Aquele homem deveria obedecer ao comando de ir ao tanque e lavar ali seus olhos. 

Podemos aprender algo valioso: As vezes a cura que desejamos depende de obedecermos um comando do Senhor! Havia um lugar específico e uma atitude que determinariam a cura, a restauração daquele homem. Deus normalmente nos sinaliza onde devemos ir, qual o lugar, qual o ponto onde devemos retornar ou alcançar e quais atitudes devemos ter para sermos curados das “cegueiras da vida”. Não bastava ser tocado por Jesus, era necessário ir ao tanque e se lavar! 


4- Um encontro com Jesus, a obediência e uma atitude correta resultam no milagre, na obra que Deus deseja fazer (Jo 9:11); 


Se aquele cego não tivesse obedecido ao comando de ir ao tanque, ou talvez, fosse se lavar em outro lugar, a cura possivelmente não teria acontecido. O cego obedeceu e se moveu ao tanque de Siloé, ali lavou seus olhos e então sua visão foi restaurada.

Não foi apenas o encontro com Jesus que mudaria a história daquele cego, mas sim, obedecê-lo e ter uma atitude correta!


Para vivermos os milagres que Deus tem para nós, ou ainda, vencermos limitações que há tantos anos enfrentamos, precisamos ter um encontro com Jesus (receber daquilo que Ele nos deu na Cruz do Calvário), ir ao lugar que Ele deseja que estejamos (obedecer ao comando), e ter uma atitude correta (fazer aquilo que Ele falou)! 

Devemos nos encontrar com Ele, ir e fazer aquilo que Ele direcionou!



Conclusão:

Por mais perdidos e cegos que estejamos, Jesus, nosso amado Salvador, nos encontra e nos dá um caminho de cura, de restauração para nossa visão. Seja nossa visão emocional (ligada à maneira como enxergamos as pessoas com as quais nos relacionamos), ou, nossa visão espiritual (como vemos a Deus, seus planos e propósitos, sua vontade, nossa visão de reino), precisam ser renovadas e alinhadas de tempos em tempos. 

Não podemos deixar que as circunstancias nos ceguem ao ponto de não reconhecermos Jesus. Mas devemos nos achegar a Ele sempre que detectarmos um simples embaçamento nas vistas, para evitar que a cegueira nos deixe fora de rota, e venhamos nos desviar do propósito ou errar o alvo! 

Algumas coisas podem acontecer para que a obra dEle se manifeste em nossas vidas, e quando nos rendemos diante do Senhor, obedecemos e temos uma atitude correta, experimentamos o milagre, a grande obra que Ele mesmo deseja realizar em nós! 


Em Cristo, Juliana!